Parque Expo: VianaPolis vai precisar de nova Defesa no processo judicial movido pelos moradores do Prédio Coutinho

O autarca de Viana do Castelo admitiu esta sexta-feira que será necessário encontrar um novo parceiro técnico para poder dar continuidade ao projeto de demolição do Edifício Jardim, também na parte legal, face à extinção da Parque Expo. “Estou convencido que em conjunto com o Ministério do Ambiente vamos encontrar a melhor solução para ultrapassarmos esta dificuldade, de termos uma entidade para apoiar no projeto”, admitiu José Maria Costa.
 

 
A demolição dos 13 andares do Edifício Jardim é hoje o único objetivo que mantém ativa a VianaPolis, vários anos depois de prevista a dissolução da sociedade, constituída pelos ministérios do Ambiente e das Finanças (60 por cento) e Câmara Municipal (40 por cento). “A Parque Expo era um instrumento do Ministério do Ambiente que fazia o apoio técnico em alguns dos projetos. Não havendo esta entidade, tem que se encontrar uma outra ou então estas competências passarão para os municípios”, admitiu o autarca, reagindo ao anúncio de extinção daquela entidade feita pela ministra do Ambiente. Depois da demolição do Edifício Jardim seria construído no mesmo local o novo Mercado Municipal, mas todo o processo está suspenso desde 2005 pelo Tribunal, face aos recursos apresentados pelos moradores. Das quatro ações interpostas, duas já foram julgadas improcedentes, dando razão à VianaPolis. “Os dois acionistas mantém-se e deliberam sobre a sociedade VianaPolis e vamos continuar até à conclusão do seu objeto social. Mas não se pode ter nenhuma decisão rápida enquanto este processo judicial não for terminado”, lembrou José Maria Costa. Neste processo, que corre há 6 anos, a Defesa da VianaPolis tem sido assumida por técnicos e advogados, precisamente, da Parque Expo, pelo que, diz o autarca local, será necessário encontrar novas soluções. Ainda assim, admite, “questões técnicas que se resolvem”.
A Parque Expo foi criada em 1993 para construir, explorar e desmantelar a Expo’98, tendo depois alargado as suas competências. Em dezembro de 2010 o endividamento da Parque Expo atingia os 224,9 milhões de euros.