Duas fortes explosões numa pirotecnia de Oleiros, Ponte da Barca, provocaram esta quinta-feira um ferido, um incêndio florestal e avultados danos na própria fábrica e nos edifícios vizinhos, tendo sido sentidas a vários quilómetros de distância. “Felizmente que na fábrica não estava ninguém. Se fosse de dia e estivessem pessoas a trabalhar estaríamos a falar de outras consequências”, admitiu o Comandante Distrital de Operações de Socorro, Paulo Esteves.
A violência das explosões na fábrica da Pirotecnia Barquense destruiu pavilhões da empresa, postes de electricidade e até viaturas, além de partir vidros de várias habitações na envolvência. Segundo vários relatos locais, foram sentidas a “pelo menos” dez quilómetros de distância. O incêndio que deflagrou na fábrica e que rapidamente se transformou num fogo florestal chegou a ser combatido por 58 bombeiros de seis corporações do distrito de Viana do Castelo, durante mais de uma hora e meia. “Há um ferido a registar, com uma fratura da clavícula. Trata-se de uma pessoa que sofreu uma queda, provavelmente na sequência da onda de choque que se seguiu à explosão”, admitiu Paulo Esteves. As explosões aconteceram cerca das 23:00 de quinta-feira, altura em que não se encontrava ninguém no interior da empresa. A GNR estabeleceu um perímetro de segurança de algumas centenas de metros em redor da fábrica. No entanto, segundo vários populares, a onda choque provocada pela explosão partiu vidros de habitações nas imediações.
Maria do Carmo, proprietária de um estabelecimento comercial em fase de instalação a poucas centenas de metros da fábrica, viu a explosão partir todos os vidros. “Estava à espera de um cenário ainda pior porque foram explosões muito fortes”, contou. O espaço comercial estava em fase final de instalação, mas agora terá de ser totalmente renovado, depois do “susto” que confessa ter vivido.