O presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado, considera que as declarações do secretário-geral do Eixo Atlântico proferidas Domingo são “insultuosas” e “um claro apelo à insubordinação” por “encorajarem” os galegos a não pagarem portagens nas ex- SCTUS.Mesquita Machado, antigo presidente do Eixo Atlântico, afirmou estar ”indignado” com as declarações do secretário-geral da referida organização, Xoán Mao.
Na quarta-feira, Xoán Mao reuniu com o secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, para pedir uma “moratória” que permita aos cidadãos galegos não pagarem portagem nas SCTUS no Norte de Portugal. Já no domingo, o secretário-geral do Eixo Atlântico afirmou que iria “encorajar” os cidadãos galegos a visitar o Norte de Portugal “sem medo2 de problemas como pagamento das SCTUS uma vez que “os pórticos não fazem a leitura de matrículas estrangeiras”. Xoán Mao justificou o “apelo” com o facto de “não ser justo nem razoável” que o turismo no Norte de Portugal “esteja a passar por uma situação tão má” e que “os espanhóis, principais visitantes, querem vir a Portugal mas não o fazem por recear uma eventual autuação das autoridades portuguesas”. Agora, em comunicado apela aos galegos para viajarem para Portugal sem medo das portagens, disse entender que “o atual governo continuará a política de tolerância que adoptou o governo anterior com os motoristas estrangeiros até normalizar a distribuição dos sistemas de pagamento”.
Para Mesquita Machado, esta posição do secretário-geral do Eixo Atlântico “não passa de um claro apelo à insubordinação”. “No fundo, Xoán Mao está a dizer aos galegos que venham a Portugal sem se preocuparem em cumprir as nossas leis, nomeadamente o que concerne ao pagamento de vias de circulação”, explicou. O autarca considerou “inaceitáveis” estas declarações do secretário-geral do Eixo Atlântico perguntando porque Xoán Mao “não apela aos portugueses que forem a Espanha a não pagarem as portagens do lado espanhol”. Além de “inaceitáveis”, Mesquita Machado classificou as afirmações de Xoán Mao de “insultuosas”.