Cerca de cem mil pessoas visitaram a 16.ª edição da Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira que encerra este sábado e na qual se apresentaram 200 artistas. Os números foram avançados pelo director artístico da bienal, Augusto Canedo, assumindo que os objectivos iniciais “foram totalmente atingidos”. “Mantendo-nos fiéis à originalidade da bienal, conseguimos reforçar a aposta internacional e o sucesso é claro, está à vista de todos”, assumiu.
Pelas exposições em Vila Nova de Cerveira passaram, desde Julho, mais de 90 mil visitantes. Somam-se ainda os espaços descentralizados da bienal, em Vigo, Galiza e no Porto, que somaram mais 6.000 pessoas. “Ou seja, tudo indica que até sábado, que será um dia em que a entrada é gratuita, atingiremos essa marca ambiciosa, que traçámos, das cem mil pessoas. O que é extraordinário”, acrescentou Augusto Canedo. Esta 16.ª edição da bienal de Cerveira fica ainda marcada pelo número de países representados, num total de 31, mas também pela participação no concurso internacional, ao qual concorreram 725 obras. Ou seja, mais 34 por cento do que em 2009. Acabaram por ser expostos 115 trabalhos deste concurso, num total de 250 obras em que a complexidade de alguns temas deixou poucas pessoas indiferentes. “Esse desconforto e inquietude das pessoas aconteceu, apesar de cada obra ter uma folha de sala, com uma explicação do que o artista pretendia. Mas é sinal que atingimos os objectivos, porque não queremos ter trabalhos fáceis, mas sim cada vez mais complexos”, sublinha Canedo.
Durante a bienal, Vila Nova de Cerveira recebeu ainda uma dezena de Residências Artísticas, entre brasileiros, espanhóis, portugueses e até um artista japonês. Em português, a homenagem da edição 2011 foi para o escultor José Rodrigues, que durante vários anos também colaborou na organização da bienal, tendo recebido esta distinção das mãos do Presidente da República, Cavaco Silva. Entre Vila Nova de Cerveira, Porto e Vigo, esta edição contou ainda com seis Linhas Curatoriais, de Portugal, Espanha, Brasil e França, e quatro projectos. “Foi um aspecto muito importante, porque, além do concurso internacional, foi possível trazer curadores de nome, que trouxerem com eles muitos outros artistas internacionais”, sublinha Augusto Canedo.
O programa que agora chega ao fim incluiu ainda sete “workshops, com artistas e público, mas ainda onze concertos, uma das apostas desta edição e que marcará o encerramento. A 16.ª edição da Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira termina este sábado com uma Acção Coletiva de um Painel de Pintura de vários artistas, um concerto de saxofone ao ar livre, além de uma performance musical no Fórum Cultural. A festa de encerramento realiza-se esta noite, no Auditório Municipal da vila, com Terrakota e a “closing party” pelo DJ Miguel Rendeiro.