Agostinho Lopes e Honório Novo, deputados do PCP, questionaram o Governo sobre o funcionamento do ferry-boat que liga Caminha a A Guarda, na Galiza. Os deputados referem, em missiva enviada à Assembleia da República, que este Verão “mais uma vez se verificou, várias vezes, a impossibilidade de funcionamento do ferry-boat de ligação Caminha / A Guarda nos períodos de maré vaza, com evidentes e graves consequências na ligação entre as duas margens do Minho em Caminha”. Dizem que a falta de funcionamento do ferry traz “prejuízos para todos os seus trabalhadores, utentes e, fundamentalmente, para a actividade turística regional”.
No início deste ano, o grupo parlamentar do PCP questionou o anterior Governo sobre este assunto e o executivo prometeu clarificar o problema durante a reunião plenária da Comissão Internacional de Limite, a realizar no segundo semestre do presente ano de 2011. Agora, os dois deputados querem saber a data dessa reunião. Pretendem ainda saber que medidas e propostas estão já tomadas para que o problema seja resolvido. Agostinho Lopes, deputado do PCP, diz que este é um problema sobretudo nacional e mostra-se surpreendido com os adiamentos consecutivos.
Agora, o Governo tem até meados de Outubro para dar resposta aos deputados do PCP. Recorde-se que a presidente da Câmara de Caminha tinha admitido parar o “ferry” a partir do dia 15 de Setembro, por falta de condições do canal de navegação, devido ao assoreamento, resultante da não realização da respectiva dragagem, “uma incumbência de Espanha”. No entanto, Júlia Paula Costa deu mais alguns dias para que Espanha assumisse o compromisso de fazer as dragagens.