O presidente da Associação de Pais da Escola Básica e Secundária de Barroselas, em Viana do Castelo, manifestou-se hoje “muito preocupado” com o anúncio da suspensão de todos os novos concursos e da adjudicação de novas intervenções da Parque Escolar. “Estou, obviamente, muito preocupado com esta situação, porque há muito que a escola precisa de obras de fundo. Depois dos boicotes e manifestações do passado ano letivo, pensávamos que seria desta que as obras iam avançar, mas parece que vamos ficar outra vez a ver navios”, lamentou Armando Dias.
O responsável admitiu que os protestos “poderão voltar à rua”, caso se repitam as situações “surrealistas” vividas naquela escola em 2010/2011, em que a chuva e o gelo foram “companheiros” dos alunos nas salas de aula, na cantina e no ginásio. O Ministério da Educação pediu à Inspecção-geral de Finanças uma “auditoria financeira, com componente técnica e administrativa”, às contas da Parque Escolar devido ao actual endividamento da empresa, disse hoje uma fonte do ministério. Segundo a fonte, ficam suspensos todos os novos concursos da Parque Escolar e a adjudicação de novas intervenções. “São muito más notícias para Barroselas”, sublinhou Armando Dias. No passado ano lectivo, os alunos promoveram um boicote às aulas, em protesto contra a chuva que caía dentro da escola e contra o “gelo” que se fazia sentir nas salas de aula. Os pais também promoveram uma manifestação pública e a própria directora da escola, Rosa Cruz, reconheceu as “péssimas condições” do estabelecimento de ensino, sublinhando “a prática frequente” de utilizar os caixotes do lixo das salas de aula para “aparar as gotas da chuva”. Na sequência desses protestos, a Direcção Regional de Educação do Norte avançou com algumas obras, avaliadas em 6.000 euros.