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Quatro anos depois de abrir as portas, o Museu do Ouro de Viana do Castelo fechou, para que a colecção passe a integrar o Museu do Traje de Viana do Castelo. Manuel Freitas, ourives responsável pelo Museu do Ouro, doou a sua vasta colecção ao Museu do Traje da cidade. Esta quarta-feira fica marcada pelo fecho definitivo das portas do Museu do Ouro, 30 mil visitas depois.
O Museu do Ouro abriu, em Viana do Castelo, a 14 de Agosto de 2007, mas poucos dias depois, foi alvo de um violento assalto. Na altura, um grupo de vários elementos realizou um dos mais graves assaltos na região. Foram roubados 790 mil euros em ouro mas o seguro apenas indemnizou Manuel Freitas em 160 mil euros. Antes do assalto, em poucas semanas de existência, o Museu do Ouro recebera já a visita de 10 mil pessoas. A partir daí, o ourives fechou o museu e as visitas eram feitas sob marcação. Até esta quarta-feira, cerca de 30 mil pessoas visitaram o Museu, que agora fecha portas. Agora, a colecção de 650 peças está patente no Museu do Traje, após o ourives ter doado o ouro que possui à cidade. Apesar de admitir que vai ter saudades de fazer visitas guiadas e de explicar a história do ouro aos visitantes, Manuel Freitas diz que tomou a melhor decisão. Na altura da doação, o ourives disse que a colecção de ouro era o resultado de 50 anos de trabalho. A doação do ouro à cidade foi, para o ourives, “o seu destino natural”.
Recorde-se que a Sala do Ouro – Colecção Fundação Eduardo Freitas foi inaugurada em finais de Julho. A colecção doada por Manuel Freitas passou assim a estar exposta ao público no Museu do Traje, de forma rotativa para que não estejam colocadas todas as peças ao mesmo tempo, de forma a garantir a segurança das mesmas. O ouro fica guardado no rés-do-chão do edifício, onde antigamente funcionava o Banco de Portugal, aproveitando a segurança do equipamento. São cerca de 650 peças de ouro tradicional.
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