António Barbosa, da Comissão de Trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, garante que o navio Atlântida, construído há mais de dois anos, ultrapassa as novas condições exigidas pela Atlânticoline. Recorde-se que, esta quarta-feira, foi anunciado o facto de a Atlânticoline ter reduzido as suas exigências. Os novos barcos para transporte de passageiros e veículos entre as Ilhas do Triângulo, nos Açores, poderão ter motores menos potentes e atingir velocidades mais reduzidas do que o que estava inicialmente previsto.
António Barbosa diz que “estas condições, optimizadas, tem o Atlântida”. Diz mesmo que o navio construído pela empresa vianense “ultrapassa” as novas exigências. O representante dos trabalhadores diz ainda que, agora, “se houver entendimento, é óptimo”. António Barbosa diz que este é um caso “nacional” e que deve ser tratado como tal.
O novo caderno de encargos do concurso para a construção dos dois ‘ferries’ que vão assegurar as ligações marítimas entre as ilhas dos Açores reduziu a velocidade máxima dos barcos de 16,5 para 16 nós e a velocidade de serviço de 16 para 14 nós. A potência dos motores dos dois barcos poderá também ser reduzida com as alterações impostas no novo caderno de encargos. A versão inicial determinava que as embarcações deveriam operar em 60 por cento do tempo entre 85 a 100 por cento da sua potência máxima, exigência agora reduzida para menos de metade da potência (45 por cento) em 80 por cento do tempo.