Dois meses depois de reunir com o Secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas e Comunicações, o autarca de Viana do Castelo está preocupado com a falta de soluções para compensar a introdução de portagens na região. Por isso, o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo solicitou ao Secretário de Estado Adjunto uma nova audiência com carácter de urgência. José Maria Costa quer explicar ao governante o impacto da introdução das portagens na A28 e A27 e dar conta da “forte indignação e descontentamento” de cidadãos, empresários e associações do concelho. Diz que a situação está “insustentável” e pede uma solução urgente.
Na missiva, o autarca recorda que “um ano após a introdução de portagens na A28, e analisando os números disponibilizados pelo INIR, verifica-se um quebra de cerca de 25% no tráfego médio diário de viaturas na A28” e que parte dela se verifica devido à diminuição do tráfego das viaturas vindas da Galiza. Diz que o que tem acontecido é uma “fuga dos galegos” e mostra-se preocupado com as quebras no comércio, hotelaria e restauração. Critica ainda o facto de ainda não ter sido apresentada uma solução para o sistema de pagamento de portagens, que é demasiado complexo para estrangeiros. José Maria Costa refere que com a introdução de portagens no restante troço da A28 e na A27, se irá “agravar naturalmente a situação, ficando Viana do Castelo isolada por não ter vias alternativas”. O autarca teme que os galegos passem a utilizar a A3 para se dirigirem ao Porto.