O presidente da Administração Regional Hidrográfica do Norte (ARHN) defendeu esta sexta-feira, numa visita a Castelo de Neiva, a elaboração de uma estratégia para os próximos vinte anos. António Brito referiu ainda a necessidade de uma abordagem construtiva e ponderada, com vista à “retirada” das comunidades instaladas em locais de risco da costa, como é o caso da freguesia do litoral de Viana. O responsável falava no dia em que começou a intervenção de emergência com vista ao reforço do cordão dunar em Castelo de Neiva.
Recorde-se que, devido ao mau tempo, desde o início do mês que a subida das águas tem ameaçado três habitações. O presidente da ARH Norte referiu a necessidade de antecipar fenómenos de erosão em Castelo de Neiva. António Brito afirmou ainda que não é suficiente resolver os problemas da erosão costeira. O responsável afirma mesmo que é preciso planear a saída das populações daquela zona. Com a falta de dinheiro, António Brito diz que é preciso “antecipar” os problemas. Tem de ser ponderado o custo e o benefício das intervenções.
A intervenção em Castelo de Neiva vai custar 190 mil euros e prevê a criação de uma protecção frontal com enrocamento de pedra de quatro a seis toneladas, numa extensão de 80 metros. Recorde-se que o litoral de Castelo de Neiva é uma das áreas com intervenção prevista pelo Polis do Litoral Norte. O programa foi suspenso em Agosto por indicação da ministra do Ambiente. O presidente da Câmara, José Maria Costa, visitou a zona esta sexta-feira e sublinhou que a intervenção do Polis não é de “fachada”. O autarca socialista sublinhou ainda que o programa Polis do Litoral Norte não pode continuar suspenso até que aconteça ”uma desgraça”.