Esta quinta-feira, na reunião do executivo de Viana do Castelo, Dília Dias, representante dos 270 feirantes da feira semanal da cidade, pediu à autarquia para que ponderasse uma forma de prolongar a redução de taxas para todos aqueles que trabalham na feira local. Durante as obras no Campo D’Agonia, que duraram quase três anos, e como forma de compensar os feirantes pelo incómodo causado, a autarquia vianense ofereceu uma redução de 50% nas taxas mensais pagas pelos feirantes. Agora, no início de 2015, as taxas voltaram à normalidade mas os trabalhadores temem que, face à atual conjuntura económica, o regresso aos valores de há três anos atrás faça com que muitos feirantes desistam da feira de Viana.
“Nesta altura, a reposição das taxas, para nós, está a tornar-se insustentável”, admitiu a representante dos feirantes, dizendo que “um euro a mais torna-se difícil para nós”. Por isso, pedem a reposição gradual das taxas.
Com a reposição das taxas habituais, a maioria dos feirantes pagará a taxa de 66,33 euros por mês, mas os feirantes com espaços maiores podem pagar mais de 120 euros por mês. “Não se vende o que se vendia há três anos atrás”, assumem, dizendo que houve “uma redução drástica do volume de negócios”, pelo que pedem um “ajuste” das taxas ao mercado atual. Admitem que muitos feirantes querem desistir.
Vítor Lemos, presidente em exercício durante a reunião desta quinta-feira, admite que a Câmara Municipal vai “ponderar” a proposta dos feirantes para que a reposição das taxas seja feita de forma gradual e admite que “não é uma proposta totalmente descabida”, assumindo que poderá “ir de encontro à solicitação dos feirantes”.
Na feira semanal de Viana do Castelo participam cerca de 270 feirantes.