Os 10 trabalhadores do Turismo do Porto e Norte de Portugal que foram obrigados a deixar os postos de turismo, foram integrados esta semana na sede, onde estão a “prestar colaboração” até ser resolvida a sua situação. Nesse lote encontram-se os dois funcionários que prestavam serviço no Posto de Turismo da Praça da Erva, no coração de Viana, sendo que o espaço ficou tal e qual como estava antes, como comprovou a Geice no local. Equipamento, documentos, panfletos e todo o material parecia estar pronto para mais um dia de trabalho e, apesar de um discreto aviso na entrada, ainda são muitas as pessoas que lá acorrem para receber informações turísticas, batendo com o nariz na porta. O Sindicato dos Trabalhadores da Administração local tem-se mantido em contacto com esta dezena de trabalhadores, “porque muito embora eles terem sido transferidos para a sede”, a Porto e Norte não descarta a hipótese de os enviar para a mobilidade especial, intenção à qual o STAL se vai opor por todos os meios legais disponíveis. Ludovina Sousa, a responsável do STAL de Viana, diz que este foi um processo que, à nascença, começou mal. O plano de reestruturação da Porto e Norte previa uma redução de pessoal de quase 50% e, no caso dos postos de turismo, muitas das autarquias do distrito escusaram-se a absorver esses trabalhadores, uma vez que eles eram competência da Porto e Norte e não das Câmaras Municipais. Inclusivamente o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local acusa a Turismo do Porto e Norte de pressionar as câmaras municipais para absorverem cerca de 40 trabalhadores da entidade regional. Como exemplo, Ponte de Lima e Viana do Castelo recusaram-se a fazê-lo, uma vez que têm os seus próprios funcionários afetos à promoção turística.