No âmbito da sua atividade enquanto deputado eleito por Viana do Castelo, o socialista Jorge Fão dedicou um dia a “tirar o pulso” à saúde no distrito. Depois de diversos encontros fica um dado preocupante e que se prende com o sucessivo e crescente desinvestimento estatal na saúde. E as previsões para 2015 continuam a apontar para que a tendência se mantenha, o que se reflete no resultado final do serviço prestado. Toda a rede de saúde do distrito vem sofrendo anualmente com as sucessivas quebras nas dotações orçamentais. Desde 2010 até ao momento na capitação perderam-se quase 70 euros por pessoa. Jorge Fão acrescenta que tem havido um grande esforço de gestão por parte da administração da ULSAM, bem como uma grande disponibilidade por parte dos recursos humanos para tentar minimizar os efeitos desta falta de disponibilidade financeira. Sublinha ainda que este “desinvestimento” do Estado reflete-se nas dificuldades de contratação de pessoal médico para substituir os clínicos que saem e na realização de obras nas urgências do hospital e noutras áreas carenciadas de intervenção. Como tal entende que é necessário “avaliar com urgência as consequências desta perda de dotação no Alto Minho” e reclamar junto do Ministério da Saúde a revisão deste procedimento. Uma situação que, aliás, não é o reflexo do que se passa no resto do país já que o Alto Minho é a sub-região que mais tem vindo a perder em termos de atribuição per capita de valores para o funcionamento do Serviço Nacional de Saúde.