Esta terça-feira à tarde o edifício Villa Moraes, em Ponte de Lima, foi palco da entrega simbólica de 344 equipamentos “essenciais” para o combate aos incêndios florestais efetuado pelos soldados da paz. José Maria Costa, autarca de Viana do Castelo e presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho) explicou que o espaço territorial do distrito tem uma forte envolvente florestal, o que faz com que “todos os anos” o distrito seja “fustigado” pelos incêndios florestais. Esta distribuição de novos equipamentos visa dotar os bombeiros com as melhores condições para poderem operar no terreno.
O principal objetivo deste projeto da CIM Alto Minho, candidatado ao Programa Operacional de Valorização do Território (POVT), foi equipar de forma transversal e uniforme 50% do quadro ativo dos corpos de bombeiros profissionais e voluntários do Alto Minho, nomeadamente, as corporações de bombeiros voluntários de Arcos de Valdevez, Caminha e Vila Praia de Âncora, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira; e o corpo de bombeiros profissionais em Viana do Castelo. No total, trata-se de um universo de 12 corporações de bombeiros com um quadro ativo de mais de 600 efetivos.
José Maria Costa explicou que este foi um desafio lançado pelo Ministério da Administração Interna (MAI), com o objeto de “equipar convenientemente os bombeiros do distrito, naquilo que são os equipamentos de proteção individual”.
No total, foram investidos cerca de 140 mil euros, financiados pelo POVT, que vão permitir que “todas as corporações do distrito estejam devidamente apetrechadas”, defendeu o presidente da CIM do Alto Minho. Cada equipamento é composto por fato completo, capacete ventilado incluído, para cada bombeiro.
Luís Brandão Coelho, presidente da Federação Distrital de Bombeiros, mostrou-se “satisfeito” com estes novos equipamentos. Explicou que este “esforço” começou com uma candidatura da Federação e agora com esta da CIM do Alto Minho, para que os bombeiros tenham todo o equipamento necessário. Por isso, considerou que este novo equipamento é “um passo muito significativo” para as corporações.
“Isto é apenas o início”, prometeu o representante dos soldados da paz. Estes novos equipamentos são para utilização no combate a fogos florestais e vêm suprir cerca de 50% das necessidades existentes nas corporações, afirmou.
José Maria Costa assumiu que os incêndios são sempre situações “críticas” mas referiu também as inundações provocadas pelas cheias como uma das maiores preocupações dos bombeiros. Também a erosão costeira nos concelhos de Viana do Castelo e de Caminha é considerada uma das “áreas de risco”.