Três investigadores da Universidade do Minho foram galardoados no 6º Congresso Nacional de Biomecânica, em Leiria, onde apresentaram soluções inovadoras capazes de melhorar a qualidade de vida de pessoas com osteoartrose e dificuldades de locomoção. Sara Cortez, doutoranda em Engenharia Biomédica, foi distinguida com uma menção honrosa atribuída pela Sociedade Internacional de Biomecânica, na categoria ‘Melhor Estudante’, com o trabalho “Análise computacional da reorientação das fibras de colagénio na cartilagem articular”. Esta investigação, desenvolvida no âmbito de um projeto europeu, visa produzir materiais biológicos implantáveis para pessoas com osteoartrose, uma doença que afeta cerca de 20% da população global, sendo uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo. A menção honrosa entregue à investigadora Rita Machado deveu-se ao trabalho “Dispositivo médico para apoio ao diagnóstico de patologias no tornozelo”. Realizado em parceria com o Departamento de Engenharia Mecânica da UMinho e a Clínica Espregueira Mendes, o estudo pretende facilitar o diagnóstico de lesões ao nível dos membros inferiores, em particular na articulação do tornozelo. Ivo Silva, formado em Engenharia Biomédica, foi galardoado com o prémio “Melhor Poster” com o artigo “Análise Experimental de um Exosqueleto Articular para Assistência na Reabilitação da Marcha”. A investigação, que resulta da cooperação entre as universidades do Minho e de Cassino (Itália), tem como principal objetivo desenvolver soluções robotizadas para reabilitação motora dos membros inferiores. Os três vencedores estão a desenvolver as suas atividades no Centro de Investigação e Desenvolvimento em Microssistemas Eletromecânicos da UMinho, cuja área de pesquisa se centra nas micro e nanotecnologias, associando as valências dos sistemas mecânicos e eletrónicos com a aplicação a novas soluções biomédicas. A academia minhota foi, assim, “a grande vencedora” deste evento, uma vez que “arrecadou a maioria dos prémios”, sublinha Paulo Flores.