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08 Mar 2015

Bebé morreu no Hospital de Viana – Família acusa hospital de negligência e avança com queixa ao Ministério Público

Geice FM

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Na madrugada deste domingo, um bebé de 10 meses de idade morreu no Hospital de Viana do Castelo e a família mostra-se revoltada, acusando a […]

Na madrugada deste domingo, um bebé de 10 meses de idade morreu no Hospital de Viana do Castelo e a família mostra-se revoltada, acusando a instituição de “negligência médica”. Este domingo, a família do menino apresentou queixa na Polícia de Segurança Pública (PSP) vianense e, esta segunda-feira, avançará com uma queixa-crime junto do Ministério Público.
Fernando Antunes, avô da criança, explicou à Geice que “nada traz o nosso menino de volta” mas que avançará com a queixa para “evitar que outros sofram o mesmo que nós”. Segundo a família, o bebé sofria de uma cardiopatia congénita, diagnóstico feito quando ainda estava na barriga da mãe, e tem sido acompanhado no Hospital de Viana e no Hospital de São João, no Porto. “Durante a gravidez, devido à sua condição, o menino foi acompanhado no Porto. Mas o caso era conhecido tanto em Viana como no Porto, havia intercâmbio entre os hospitais”, explicou o avô, dizendo que o menino costumava deslocar-se ao hospital vianense para fazer nebulizações.
Em comunicado enviado às redações, a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) admitiu a abertura “de um processo de averiguação interna para o cabal esclarecimento do ocorrido” mas garantiu que “todo o procedimento foi pautado por corretas atitudes clínicas”. Explicou a ULSAM que a morte do bebé foi declarada este domingo, às 00:01, depois de manobras de reanimação realizadas “durante 30 minutos”, na sequência de uma paragem cardíaca, mas que acabaram por se revelar “infrutíferas”.
O menino estava à espera de realizar uma operação ao coração, numa cirurgia que já tinha sido adiada duas vezes por ele estar doente. Tinha nova cirurgia marcada para a próxima quinta-feira, dia 12 de Março. Na quinta-feira, dia 5 de Março, o bebé apresentava tosse forte, pelo que a família o levou preventivamente ao Hospital de Viana. O menino deu entrada no hospital de Viana por volta das 08:40 de quinta-feira, com tosse mas sem febre. O quadro agravou-se a meio da manhã, quando o bebé começou a sentir febre, tendo o pediatra que acompanha o utente decidido pelo internamento.
Desde sexta-feira que a febre não diminuía e, garante o avô, pediram várias vezes para que a criança fosse transferida para o Hospital de São João, onde o bebé era seguido devido ao problema de coração que sofria. “Não nos ouviram”, lamentou o familiar, acusando ainda o hospital de ter dado a medicação em quantidade errada à criança.
No sábado, o bebé foi transferido do serviço de pediatria para Neonatologia, ainda no Hospital de Viana, segundo o avô. Pelas 21:30, a família voltou a insistir para que a criança fosse enviada para o Porto, explicando que em Viana “não há especialista para o problema de que o meu netinho sofria”. A essa hora, toda a família se deslocou para o Hospital de Viana e, apesar de a ULSAM ter “finalmente” aceite a transferência, pelas 23:30, ainda não tinham saído para o Porto. Quando chegou a ambulância portuense, a criança foi entubada mas a paragem cardio-respiratória, antes que o bebé fosse enviado para o Porto, acabou por ser fatal.
Em comunicado, a ULSAM explicou que se tratava de uma criança com uma cardiopatia congénita, que fora acompanhada no Serviço de Cardiologia Pediátrica do Hospital de São João, condição que “condicionou fortemente o seu desenvolvimento ponderal e saúde, com vários episódios prévios de descompensação respiratória”. No documento pode ler-se que “o presente internamento (no Hospital de Viana) deveu-se a um quadro de pneumonia com uma evolução rápida e grave, o que motivou a decisão de transferência para a Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos do Hospital de São João”.
Segundo a unidade hospitalar do Alto Minho, “o desfecho fatal ocorreu após as manobras de estabilização prévias ao transporte efetuadas pela equipa do Transporte Inter-Hospitalar pediátrico (TIP), encontrando-se o paciente com entubação endotraqueal e ligado a suporte ventilatório”.
O avô explicou que quando lhe foi comunicado o falecimento do neto “entrou à força” no Hospital e a PSP acabou por ser obrigada a intervir. Garante que “foi feito um julgamento que não tem nada a ver com o histórico do meu neto. Não tendo o Hospital serviço para atender este utente, deveria o mesmo ser automaticamente levado para o Porto”, rematou, garantindo que a queixa-crime no Ministério Público vai mesmo avançar.

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