Esta sexta-feira, pelas 10:30, o Presidente do Conselho de Administração da Polis Litoral Norte e o Presidente da Câmara Municipal de Caminha vão visitar o local onde vai ter início a Empreitada de Reforço e Proteção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de Áreas Naturais Degradadas (2.ª fase) na Foz do Rio Âncora.
Vão ser assim retomados os trabalhos na Duna dos Caldeirões, dando-se agora cumprimento à segunda fase da obra, já consignada, conforme estava previsto. Recorde-se que, em consequência das intempéries de há pouco mais de um ano, que destruíram a duna, com cerca de sete metros de altura, Câmara e Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tomaram medidas imediatas, tendo-se realizado a primeira fase da obra, com o objetivo de que a época balnear pudesse decorrer com normalidade e dentro dos padrões de qualidade, o que aconteceu.
Na altura estava prevista também uma segunda fase, que vai agora ser concretizada. Trata-se de um investimento global no valor de 392 mil euros, sendo financiado pela União Europeia através do Programa Operacional Temático de Valorização do Território em 85% e pelo Estado Português em 15%.
A ação em causa tem um prazo de execução de 120 dias, diz respeito a uma segunda fase da intervenção de emergência realizada na Primavera de 2014, na sequência das intempéries que causaram o rompimento da Duna do Caldeirão.
Na primeira fase, foram garantidas as condições imediatas de segurança na zona, através da restituição do curso do rio pelo desassoreamento da sua foz, da deposição dos volumes de areia resultantes daquela escavação no reforço do cordão dunar e da desmontagem de infraestruturas colapsadas, nomeadamente passadiços sobrelevados, garantindo assim o usufruto daquele espaço durante a época balnear de 2014.
A segunda fase, cujas obras se iniciam agora, contempla medidas corretivas de erosão superficial e ações de reordenamento de áreas construídas em zonas de risco e consequente reposição das condições de ambiente natural, nomeadamente a consolidação e fixação de margens do rio Âncora, com recurso a técnicas de bioengenharia; a construção de um esporão deflector na margem esquerda do rio Âncora, em enrocamento e estacas com vegetação plantada; a reabertura do leito secundário do Rio Âncora; a movimentação de areias na praia para reforço do cordão dunar; e a colocação de uma cortina de paliçadas na área do anterior rompimento da Duna do Caldeirão, por forma a favorecer a retenção de areias nessa zona.
Estão ainda previstas ações como a construção de passadiços sobrelevados de acesso à praia; a construção de observatório da natureza no remate do passadiço sobrelevado da Duna do Caldeirão; diversas limpezas de espécies exóticas infestantes arbóreas e herbáceas; a renaturalização do acesso rodoviário existente na parte terminal da Rua de Águas Férreas; e a colocação de painéis informativos dos valores naturais presentes.
Recorde-se que a Polis Litoral Norte, constituída entre o Estado e os Municípios de Caminha, Viana do Castelo e Esposende, tem como objeto a intervenção numa faixa costeira de cinquenta quilómetros na Região Norte, integrando ainda as zonas estuarinas dos rios Minho, Coura, Âncora, Lima, Neiva e Cávado, numa extensão de, aproximadamente, trinta quilómetros. A área de intervenção totaliza cerca de cinco mil hectares e integra o Parque Natural do Litoral Norte.