Os apicultores de Viana do Castelo já estão a capturar vespas velutinas e afirmam que as vespas “apareceram mais cedo e em maiores quantidades” este ano. O aviso foi dado à Rádio Geice por um apicultor da zona da Meadela, que tem estado muito envolvido em todo o processo de captura da vespa velutina no concelho vianense.
Por agora, o apicultor Gaspar Silva aconselha os vianenses a que “comecem a deixar as janelas fechadas” para evitar visitas indesejadas. Está a ser elaborado “um plano particular de combate a vespa que irá envolver os escuteiros, Junta de Freguesia e apicultores”, para combater de forma eficaz a vespa asiática.
A Vespa velutina nigrithorax é uma espécie não-indígena, predadora da abelha europeia, encontrando-se, por enquanto, aparentemente circunscrita a concelhos do norte do País, segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). A sua introdução involuntária na Europa ocorreu em 2004 no território francês, tendo a sua presença sido confirmada em Espanha em 2010, em Portugal e Bélgica em 2011 e em Itália em finais de 2012.
Na época da primavera constroem ninhos de grandes dimensões, preferencialmente em pontos altos e isolados. Esta espécie distingue-se da espécie europeia Vespa crabro pela coloração do abdómen (mais escuro na vespa asiática) e das patas (cor amarela na vespa asiática).
Os principais efeitos da presença desta espécie manifestam-se na apicultura, por se tratar de uma espécie carnívora e predadora das abelhas. Para a saúde pública, segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, “não sendo mais agressivas que a espécie europeia, no caso de sentirem os ninhos ameaçados reagem de modo bastante agressivo, incluindo perseguições até algumas centenas de metros”.