A página que os Estaleiros Navais de Viana do Castelo tinham na internet foi apagada. Os trabalhos de “limpeza” da página começaram a ser feitos progressivamente nos primeiros dias de Maio, curiosamente dias antes de ser conhecida a decisão da Comissão Europeia sobre a concessão de auxílios estatais à empresa. Nessa mesma altura o logotipo da empresa já tinha sido retirado da página da Empordef, aparecendo um outro muito semelhante, o da nova empresa, a EEN, Empordef Engenharia Naval. Até ao dia 6 de Maio já toda a informação tinha sido retirada do site dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, mantendo-se apenas a história da empresa, mas até essa desapareceu visto que a página foi totalmente desligada. Recorde-se que a comissão liquidatária dos Estaleiros foi empossada recentemente com a “obrigação” de encerrar a empresa até ao final de Agosto. O que também desapareceu foi o designado Ecomuseu, junto à Avenida do Atlântico. Vítor Dantas, antigo trabalhador da empresa e membro do Grupo Desportivo e Cultural dos Trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, diz que tudo isto “é bastante triste”. O Ecomuseu foi criado há vários anos. Era um espaço relvado entre a Avenida do Atlântico e os pavilhões da empresa, onde estavam expostas peças que faziam parte da história da construção naval em Viana do Castelo. Peças que foram vendidas a um sucateiro por 20 mil euros e que, entretanto, já se perderam para sempre pois foram todas fundidas.