O primeiro-ministro apontou os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) como um dos “erros do passado” que “acabou bem” porque o atual Governo “não hesitou” em avançar com a subconcessão da empresa pública. O primeiro-ministro falava esta quarta-feira nos agora estaleiros da West Sea, durante uma cerimónia que celebrou um ano desde que esta empresa, pertencente ao grupo Martifer, assumiu a subconcessão dos terrenos e infraestruturas dos ENVC.
Pedro Passos Coelho referiu, no seu discurso, que “temos aprendido alguma coisa com o nosso passado e podemos dizer que as sociedades não estão obrigadas nem condenadas a repetir os mesmos erros. Nós podemos aprender com os erros do passado e poder dar um horizonte de futuro muito diferente aos cidadãos portugueses”, afirmou. “Não há dúvida nenhuma que, se a história que hoje podemos observar aqui nesta empresa acabou bem, acabou bem porque o Governo não hesitou naquilo que tinha que fazer”, considerou o líder, aproveitando para destacar o empreendedorismo da Martifer, dizendo que o grupo “arriscou e que quis apresentar-se ao serviço para poder ajudar a economia portuguesa”.
Passos Coelho considerou que a subconcessão dos Estaleiros de Viana permitiu “resolver o problema muito sério do emprego” e permitiu o regresso da construção naval à cidade.
“Na verdade, esta empresa conseguiu recrutar já um número muito apreciável de trabalhadores. São mais de 160 que trabalhavam nos estaleiros, e que transitaram para a West Sea”, afirmou Passos Coelho, dizendo que o número de funcionários da empresa irá duplicar “a muito curto prazo”, uma vez que o Governo “vai atribuir a esta empresa um contrato para a construção de dois novos Navios Patrulha Oceânicos (NPO)”.
Em causa está a construção de dois NPO para a Marinha portuguesa que deverão começar a ser construídos em setembro nos estaleiros da West Sea, por 77 milhões de euros.