Com a chegada do final do mês de junho, o segundo Centro de Atividades Ocupacionais (CAO) da APPACDM situado no Cabedelo, em Viana do Castelo, teve de fechar as portas por falta de financiamento. Tal como a direção da estrutura tinha avisado, o CAO teve de fechar as portas enquanto aguarda uma resposta da Segurança Social, deixando 14 utentes sem apoio, sendo que 11 não tiveram alternativa e ficaram em casa com as respetivas famílias.
Luís Costa, presidente da direção Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) vianense, confirmou que o Centro de Atividades Ocupacionais está encerrado desde esta quarta-feira. “O CAO encerrou os serviços no dia 30 de junho e hoje, quarta-feira, já não recebeu os seus 14 utentes. A estrutura só vai reabrir se a Segurança Social decidir reativar o acordo que tinha desde 2013 com a direcção da APPACDM ou celebrar um novo acordo”, reforçou o responsável.
Em causa está um protocolo que foi assinado em dezembro de 2013 entre a Segurança Social e a APPACDM, que previa a abertura de dois CAO, no Cabedelo, com capacidade para acolher 24 utentes cada um. O primeiro espaço abriu em janeiro de 2014 mas o segundo, por decisão da instituição, entrou em funcionamento em setembro do mesmo ano, apenas depois de a primeira estrutura ter esgotado todas as vagas.
A 22 de junho, Luís Costa anunciou o encerramento do segundo CAO no final do mês de junho devido às dificuldades de pagamento das despesas avaliadas em 3.500 euros por mês, que a APPACDM garantia sozinha, sem qualquer apoio da Segurança Social. Na altura, o presidente da associação alegou “não ter condições para continuar a suportar os custos de funcionamento daquela estrutura, tal como aconteceu nos últimos nove meses, por falta de comparticipação da Segurança Social”.
No final da semana passada, também os pais dos utentes do CAO reuniram com o diretor do Centro Distrital da Segurança Social de Viana do Castelo para tentar travar o fecho da resposta social. No final do encontro, aos jornalistas, manifestaram-se “otimistas e confiantes” na continuidade da estrutura.
Neste encontro, o diretor da Segurança Social distrital, Paulo Órfão, garantiu que “tudo está a ser feito para se encontrar uma solução que permita resolver o caso daquele equipamento”.