Depois de anos de degradação, a Câmara Municipal de Monção vai avançar para a requalificação do antigo Balneário Termal localizado no Parque das Caldas. A estrutura foi encerrada no final do século passado, em 1998, pela Direção Geral de Saúde, por falta de condições.
Os trabalhos, com o prazo de execução de 180 dias, foram adjudicados por cerca de 73 mil euros, sendo que a intervenção prevista abrange apenas o exterior do edifício, propondo-se a reconstrução da clarabóia, coberturas em telha, picagem, execução de novos rebocos, pinturas exteriores, lavagem de superfícies em granito, aplicação de novas caixilharias nas portas e janelas e recuperação da ponte de acesso ao piso superior.
Augusto Domingues, autarca local, diz que a empreitada “tem como finalidade garantir a preservação futura de um edifício histórico para todos os monçanenses, assegurando, dessa forma, a memória coletiva da localidade associada à vivência termal”.
Com este investimento, o edifício ficará de cara lavada no seu aspeto exterior, faltando a reconstrução interior que será adaptada à nova funcionalidade. A autarquia ainda não definiu qual o seu futuro, visto qualquer projeto ou ideia “esbarra” na previsível inundação, com águas do rio Minho, de parte do edifício durante o inverno.
O edifício data de 1801, conforme placa comemorativa do primeiro centenário, localizada no alçado nascente. Funcionou sempre como balneário termal até finais do século passado, tendo sido substituído, em 2001, com a abertura da nova unidade termal, inaugurada pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio.
Atualmente, na zona envolvente do antigo balneário termal, para além da piscina municipal, estão ainda instalados o Hotel Termas de Monção, o novo edifício das termas, um parque de lazer com campos de ténis e relvado sintético, um parque radical e outro infantil.