Esta terça-feira, 23 cidades portuguesas debatem, em simultâneo, a atuação médica em casos de violência. O Instituto Nacional e Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF, IP) organiza, pela primeira vez, esta terça-feira, um conjunto de ações de formação subordinadas ao tema “Atuação médica em casos de violência”, dirigidos prioritariamente aos profissionais de saúde que exercem atividade assistencial a nível hospitalar, mas também aos que o fazem ao nível dos cuidados de saúde primários.
A iniciativa acontece em 23 cidades do país, decorrendo em praticamente toda a rede nacional de gabinetes médico-legais e forenses, designadamente os sediados em Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Elvas, Guarda, Évora, Faro, Leiria, Penafiel, Portimão, Santa Maria da Feira, Santiago do Cacém, Setúbal, Tomar, Torres Vedras, Vila Franca de Xira, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada (Açores).
O fenómeno da violência, com destaque para a doméstica, constitui um problema de Saúde Pública de impacto multidimensional, com repercussões cada vez maiores na vida das pessoas e da sociedade, para o qual o médico dos serviços de urgência ou das unidades de saúde nem sempre está alertado e preparado para dar uma resposta eficaz.
Algumas das ações de formação registam já mais de uma centena de inscritos. Para além dos médicos do Instituto Nacional e Medicina Legal e Ciências, participam nos encontros representantes do Ministério Público das diversas comarcas e outros especialistas da área da Medicina Legal.
A iniciativa visa a partilha de reflexões e preocupações sobre a temática, possibilitando o esclarecimento de dúvidas sobre a atuação médico-legal e integra-se no V Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género (2014-2017), da responsabilidade da Comissão Para a Cidadania e Igualdade de Género.