A centenária Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC) vai avançar, em breve, para a compra de uma sede própria, numa decisão que conta com o apoio da autarquia local. A Câmara Municipal de Viana aprovou, na última reunião camarária, atribuir 120 mil euros à AEVC para que a associação possa adquirir o edifício, situado na praça 1º de Maio, onde instalará a nova sede. Fundada a 8 de Junho de 1852, a Associação Empresarial de Viana do Castelo vai ter, finalmente, uma sede própria, que albergará também os serviços que a associação presta a empresários e associados.
José Maria Costa, autarca socialista na capital do Alto Minho, referiu que existe um protocolo entre a associação e a Câmara Municipal deste 1993 com este fim, pelo que este apoio camarário vem “cumprir uma promessa antiga”. Recordou que o município prometeu ajudar a AEVC na aquisição de uma nova sede na altura em que cedeu um terreno para a instalação do pavilhão da Associação Industrial do Minho, no Campo d’Agonia.
Assim, a Câmara de Viana vai apoiar a aquisição da sede com 20 mil euros este ano e os restantes 100 mil no ano seguinte. Além disso, a autarquia deverá pagar uma renda mensal de cerca de 1500 euros à AEVC, ao longo de dez anos, por utilizar parte da nova sede como incubadora de empresas, num espaço de 450 metros quadrados.
Ilda Figueiredo, vereadora da CDU na autarquia, concordou com o arrendamento de um espaço para a instalação da incubadora de empresas mas disse que comparticipar a compra do novo edifício representa “um valor demasiado elevado”, recordando as “pequenas obras” que são adiadas “ano após ano” pela autarquia.
Eduardo Teixeira, porta-voz dos vereadores PSD, referiu que “não está em causa a vontade de apoiar a AEVC e a incubadora” mas declarou que “a Câmara vai, no fundo, comparticipar em quase 25% o valor total da aquisição”. Já Helena Marques, também vereadora laranja, disse preferir ver a autarquia a adquirir o edifício, para que “o património fosse sempre do município”, podendo aluga-lo à associação empresarial.
José Maria Costa respondeu dizendo que “é do nosso interesse ter um espaço de acolhimento de empresas, uma incubadora, e também ver cumprida uma promessa antiga à AEVC”.
A proposta acabou por ser aprovada, mas dividida em duas partes: os socialistas aprovaram a ajuda na compra do edifício e o arrendamento de espaço para a incubadora; a CDU votou contra a aquisição mas foi favorável ao arrendamento de espaço para instalação de empresas; já o PSD votou a favor da ajuda à aquisição do imóvel mas absteve-se no que toca a um apoio de 1.500 euros mensais para aluguer de espaço para a incubadora.