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12 Out 2015

Grupo quer promover visitas para “despertar consciências” sobre degradação do Convento S. Francisco do Monte

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Um grupo recém-criado na rede social Facebook quer promover visitas ao Convento S. Francisco do Monte, em Viana do Castelo, para “despertar consciências” sobre o […]

Um grupo recém-criado na rede social Facebook quer promover visitas ao Convento S. Francisco do Monte, em Viana do Castelo, para “despertar consciências” sobre o abandono e as ruínas a que o imóvel tem sido submetido. A página “Vamos Recuperar o Convento de S. Francisco do Monte” foi criada na madrugada da passada sexta-feira e já conta com dois milhares de seguidores, reunindo fotografias, histórias, propostas e memórias de muitos vianenses.
Paulo Vilaverde, criador da página, afirma que a ideia é “dar a conhecer aos vianenses a existência do Convento de S. Francisco” e divulgar a história do espaço, mas também “perspetivar o que pode ser o futuro daquele local”. O responsável acredita que o espaço deve ser reabilitado mas também acredita que seria possível organizar eventos nas ruínas do convento, pelo que as possibilidades são muitas e “é importante existir um debate”. “Lançava um apelo ao presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo e ao presidente do Instituto Politécnico para que sejam dinamizadores deste debate”, solicitou.
O velho convento foi construído no século XIV mas há anos que está votado ao abandono, à espera de uma reabilitação na ordem dos 8 milhões de euros.
O Convento S. Francisco do Monte foi o terceiro fundado pela Ordem Franciscana em Portugal e, em 1834, com a extinção das Ordens Religiosas, foi comprado em hasta pública pelo visconde de Carreira, que constituiu no espaço da cerca uma exploração agrícola. Já no século XX, a partir da década de 60, o convento começou a degradar-se e, em 1987, o último proprietário, Rui Feijó, doou-o à Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo.
Em 2001, o espaço foi vendido por 250 mil euros ao Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), instituição que não tem conseguido financiamento para dar a dignidade que o convento merece. O processo de classificação do imóvel foi aberto por despacho de 08 de fevereiro de 2002 mas o processo acabou por ser arquivado em 2011. No terreiro da entrada principal do espaço encontra-se um cruzeiro, sendo que o cruzeiro está classificado como Imóvel de Interesse Público.
 “Quando criei esta página no Facebook, o objetivo foi despertar os cidadãos e a sociedade para a questão do Convento de S. Francisco, que é um monumento histórico e arquitetónico muito importante na região, além de representar a história da igreja Católica em Portugal”, afirmou Paulo Vilaverde.
O cidadão pretende desenvolver visitas ao espaço, por parte das escolas e dos vianenses em geral, para que todos sejam “confrontados com o estado de abandono do local”, alertando para a necessidade de preservação do património. Neste momento, ainda está a ser ponderada a forma como estas visitas vão acontecer, mas esta é uma vontade do grupo que se juntou nas redes sociais.
“No início do século passado o convento encontrava-se ainda em condições, mas, desde então, tem-se assistido à degradação do espaço e dos seus elementos, com atos de vandalismo”, lamentou. Recorda que a ideia de recuperação do antigo convento “não é virgem”, tendo até surgido, na década de 90, um movimento para a reabilitação do espaço, mas as ideias nunca saíram do papel.
Depois de mostrar aos filhos o espaço, na passada semana, o cidadão vianense encontrou “um cenário confrangedor”. “Se, na década de 90, havia ainda uma viabilidade de reconstrução do edifício, e havia um projeto que depois levou à venda do edifício ao Instituto Politécnico de Viana do Castelo, que pretendia ali construir um centro de retiro, o certo é que as propostas foram-se perdendo no tempo e a degradação do imóvel é cada vez mais acentuada”, afirmou.
“Existem agora dois caminhos: reabrir o processo para classificação do imóvel ou aproveitar a janela de oportunidade que se abre para poder ali nascer, em parceria com o IPVC ou com terceiros, projetos novos”, vaticinou.
Imagem: Olhar Viana do Castelo;

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