Um investigador da Universidade do Minho acaba de criar a Associação Anti-bullying com Crianças e Jovens, uma das primeiras do género em Portugal. O projeto pretende reduzir os comportamentos de bullying em idade escolar, através da realização de ações junto dos alunos, professores, funcionários e pais. Estima-se que, a nível mundial, uma em cada três crianças, com idades entre os 13 e os 15 anos, são vítimas regulares de bullying na escola. Assinala-se esta terça-feira o Dia Mundial de Combate ao Bullying. A presidir a associação estará o investigador Paulo Costa, do Centro de Investigação em Estudos da Criança da UMinho, que conclui que esta era uma associação que já estava a fazer falta no nosso país. Um movimento que surgiu de uma forma natural em Braga mas que poderá estender-se a outras regiões do país. A Associação Anti-bullying com Crianças e Jovens tem como principais objetivos sensibilizar a população para a temática do bullying, articular ações de prevenção com as escolas e os municípios, desenvolver nas crianças e jovens atitudes pró‑ativas face a situações de violência, orientar ou disponibilizar serviços de acompanhamento especializado a vítimas, bem como promover atividades lúdico-desportivas, como torneios, performances e caminhadas, para aproximar os mais novos à temática. “Queremos contribuir para que os mais jovens assumam uma atitude anti-bullying, intervindo diretamente ou denunciando situações de violência junto de professores, auxiliares, direções, diretores de turma, pais, entre outros”, diz Paulo Costa, que é também professor de Educação Física no Agrupamento de Escolas de Real, em Braga.