O piloto vianense João Traila promete lutar pela vitória na 4ª edição do Rali de Viana, que acontece entre esta sexta-feira e sábado. Aos jornalistas, no final da conferência de imprensa de apresentação da prova, Traila assumiu que parte com “alguma pressão por concorrer na minha terra”, mas que pretende “ir sempre nos lugares na frente, para tentar deixar o primeiro lugar em casa”.
A participar pela quarta vez nesta prova, assume que este rali é “especial” porque “temos sempre muita gente a ver, o público é espetacular. Temos também pilotos de grande valor a nível nacional, pilotos fortes que vêm do estrangeiro”. Admite que as previsões de chuva podem ser uma dificuldade acrescida, mas quer ganhar no meio do seu povo.
Também o vianense Paulo Boaventura pretende lutar pelos lugares cimeiros numa prova, sempre em asfalto, com 191 quilómetros, incluindo 51 quilómetros divididos por 8 provas especiais.
Vítor Lemos, vereador do desporto na Câmara de Viana, garante que este “é um rali que tem vindo, de forma gradual mas segura, a ter crescimento e a ganhar importância no espaço automobilístico nacional”, contando com a inscrição de 53 participantes. “Em relação ao ano anterior, tivemos mais uma dezena de inscritos, o que revela o crescendo da importância do Rali de Viana”, diz.
Para aproveitar o lado turístico da iniciativa, a autarquia manteve-se “fiel em relação ao figurino inicial”, com o prólogo no centro da cidade, com uma super especial na sexta-feira à noite, no parque de estacionamento junto ao navio Gil Eannes, prova que repete no sábado.
“A cidade gosta de automobilismo e este desporto, hoje em dia, movimenta muita gente. Há muita paixão pelos automóveis na região Norte e o nosso rali não foge a essas questões”, referiu. A Câmara quer assim “incorporar a prova na vida da cidade para que todo este movimento traga alguma economia a Viana”.
Vítor Lemos afirma que “para além de fazer as delícias de quem gosta do mundo automóvel nas terras de montanha, também queremos que o centro da cidade possa desfrutar das habilidades e da perícia dos pilotos”. No rali participam 6 ou 7 pilotos vianenses, que a autarquia apoia “com a oferta de inscrição, para que os atletas se sintam em casa”.
Na sexta-feira à noite, a prova vianense faz a primeira super especial, de 1,81 quilómetros, na cidade, junto ao Gil Eannes, pelas 21:26. No sábado, a partir das 10 horas da manhã, os pilotos fazem uma segunda especial entre São Salvador da Torre e Amonde (passando por Vilar de Murteda e Montaria) e uma prova entre Montaria e Gondar, circuito que “é repetido três vezes”. A edição termina na cidade, com uma segunda super especial, pelas 14:46 de sábado.
Esta quarta edição do Rali de Viana representou um investimento de 30 mil euros, com Vítor Lemos a explicar que cerca de 20 mil euros são gastos “com a segurança”, entre PSP, GNR e meios de socorro. “Quando avançamos para uma organização desta natureza, nunca nos passa pela cabeça que haja incidentes. Por isso, temos de fazer todo o trabalho de prevenção que é possível para que não existam incidentes”, disse.
Carlos Guimarães, do Clube Automóvel de Santo Tirso (CAST), diretor da prova, referiu que o rali conta com pilotos de todo o país e com “vários espanhóis”, que trazem também “muitos adeptos fervorosos”. A organização diz que esta é “uma prova bastante conhecida a nível nacional” e que vai contar com a participação de nomes importantes, como Fernando Peres e Vítor Pascoal.
“Este é um rali com seis provas especiais no sábado, no monte, e com duas super especiais na cidade, uma na sexta à noite e outra no sábado, a fechar a prova. É um rali repetido, que já aconteceu antes, mas como tem corrido tudo muito bem e como o número de inscritos tem aumentado, temos tentado que este se mantenha”, garantiu.