A Universidade do Minho acolhe até este sábado o congresso internacional “Cultura(s) em Negativo”, com intervenções de 65 investigadores de dez países, incluindo Carlos Fiolhais, Eduardo Lourenço e Fabrice d’Almeida, entre outros. O evento ocorre no auditório do Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH), no campus de Gualtar, Braga. A organização é do Centro de Estudos Humanísticos da UMinho (CEHUM), com a parceria das universidades de Lisboa e de Paris 2 Panthéon-Assas (França). Aguardada é a palestra do físico catedrático Carlos Fiolhais, sobre “Pensamento do negativo em ciência”, no sábado às 9h30, após o historiador francês Pierre-Antoine Fabre ter abordado o anti jesuitismo. A conferência final é às 11h30 e cabe ao conhecido filósofo Eduardo Lourenço, sob o título “Portugal e a Europa: identidade, pós-identidades e seus negativos”. A sessão de encerramento inclui o reitor da UMinho, António M. Cunha, o reitor da Universidade Aberta, Paulo Dias, a presidente do Conselho Cultural da UMinho, Eduarda Keating, e o vereador bracarense Miguel Bandeira, entre outros. A iniciativa centra-se nas correntes e discursos sobre a perceção negativa do outro e nas posturas “anti-alguma coisa”, como anticrise e antissemitismo. A professora coordenadora Micaela Ramón considera que o congresso ganha pertinência nesta altura, dando o exemplo da crise dos refugiados e da globalização da informação que, em vez de aumentar a confiança e a abertura aos outros, gera por vezes mais antagonismos em termos geográficos e rácicos. O evento tem o apoio das universidades de Aveiro, Católica, Chemnitz (Alemanha), Alcalá (Espanha), São Paulo, Federal de Sta. Catarina, Federal do Sergipe e Federal Rural do Rio de Janeiro (Brasil), da Associação Internacional de Estudos Ibero-Eslavos, do Instituto Europeu de Ciências da Cultura, da Associação Portuguesa de Tradutores e da Fundação para a Ciência e Tecnologia.