Vila Nova de Cerveira e a vizinha localidade de Tomiño, na Galiza, vão juntar a Marinha dos dois países, Portugal e Espanha, em projetos transfronteiriços. A construção de um parque transfronteiriço, ligado por uma ponte pedonal sobre o rio Minho são dois dos projetos comuns entre as duas localidades e deverão ser candidatados aos novos fundos comunitários do programa Interreg.
Os projetos que juntam as duas marinhas foram apresentados aos comandantes das entidades marítimas de Caminha e da Galiza como forma de “consolidar a cooperação transfronteiriça”. O objetivo é “fomentar o conceito de um destino, dois países, valorizando o rio Minho como um elemento aglutinador de desenvolvimento de diversas vertentes”.
A intenção de Cerveira e de Tomiño é a criação de eco parque comum, o Parque Transfronteiriço Castelinho-Fortaleza, que resultará da união de dois espaços urbanos e de lazer, que se encontram “um em frente do outro”, nas duas margens do rio Minho. A ligação entre os dois parques será assegurada pela construção de uma ponte pedonal e ciclável sobre o rio internacional, com cerca de 900 metros de comprimento.
A “oferta diversificada e complementar de valências” das duas estruturas está na origem do projeto que terá uma área total de 15 hectares, resultando da união do parque de lazer do Castelinho, em Cerveira, e do espaço Fortaleza de Goián, em Tomiño.
O encontro com os comandantes das entidades marítimas de Caminha e da Galiza, que aconteceu esta segunda-feira, em Vila Nova de Cerveira, serviu para os dois autarcas “abordarem as potencialidades e as burocracias inerentes à construção de uma ponte pedonal para uma comunicação sustentável através do rio Minho”.
“A concretização deste projeto só será possível pela ligação das duas margens, através de uma ponte pedonal e ciclável sobre o rio Minho, fazendo a ligação entre os dois parques”, referiu fonte da autarquia cerveirense.
Segundo a Câmara de Vila Nova de Cerveira, os dois projetos já foram apresentados, do lado português, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, a delegação portuguesa da Comissão Interministerial de Limites e Bacias Hidrográficas Luso-Espanholas, à Direção Geral dos Assuntos Europeus, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), e à Associação Portuguesa do Ambiente, o mesmo acontecendo com as entidades congéneres galegas.