Este sábado à tarde é apresentado, durante a Festa de Santa Luzia, a obra literária “Santa Luzia – Olhares Plurais”, um livro que partindo do templo-monumento, aborda a importância que o monte tem, nas suas diferentes dimensões Histórica, Religiosa, Cultural, Arqueológica, Natural e Humana.
A apresentação do livro acontece este sábado, pelas 17 horas, na Pousada de Santa Luzia, em Viana do Castelo. Com coordenação de João Alpuim Botelho e Tiago Ferreira de Castro, especialistas de várias áreas deram o seu contributo: o geógrafo Álvaro Domingues sobre a importância dos “Altos Lugares”, a arquiteta Lurdes Carreira e a historiadora Isabel Marques sobre a arquitetura do templo, que a historiadora da arte Ana Marques descreve.
O antropólogo Álvaro Campelo explica que o monte proporciona uma experiência espiritual. A apropriação deste lado simbólico de Santa Luzia é abordada pela arquitecta Marta Prista, que mostra como a indústria do Turismo usa esta paisagem simbólica para justificar o investimento na construção de um hotel. Neste mesmo sentido, o historiador António Maranhão Peixoto relata a importância da instalação do funicular nesta conquista do monte para o turismo.
A ligação entre o turismo e os valores espirituais é abordada por Vítor Ambrósio, mostrando como o novo turismo religioso abraça estes espaços em que o espiritual e o lazer se encontram.
A Cidade Velha, também conhecida como citânia, é explicada pela arqueóloga Sílvia Loureiro Mendes, conferindo uma noção de antiguidade às vivências do monte.
O geólogo Ricardo Carvalhido explica a formação geológica do monte, e o biólogo Pedro Gomes fala da forma como o homem interveio na paisagem de Santa Luzia.
Lembrando o lado humano do monte, o jornalista Jorge Montez conta as histórias de vida de homens que fazem hoje de Santa Luzia o seu habitat, e os desenhos de Eduardo Salavisa revelam um olhar intimista sobre o monte.
Finalmente, o arquitecto Tiago Ferreira de Castro revela os projetos que realizou para uma Confraria atenta à necessidade de criar uma dinâmica que acompanhe os tempos e prepare o século XXI.
O texto de D. Anacleto de Oliveira, Bispo de Viana do Castelo, coloca na peregrinação espiritual o fio condutor da diversidade dos olhares.