No passado mês de dezembro madeireiros terão, alegadamente, provocado alguns danos em gravuras rupestres, da Cividade Ancora/Afife, mais concretamente no Picoto. O presidente da Junta de Freguesia de Ancora, António Brás, que classificou estes atos como sendo de “vandalismo” já participou a situação à GNR e à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte com vista à identificação dos autores. Entretanto o autarca anunciou também que, apesar destes estragos, o trabalho da arqueóloga Ana Bettencourt, da Universidade do Minho, levou à identificação e referenciação de gravuras rupestres no Alto da Espiga, bem como no monte de Santo Adrião, onde foram referenciadas mais inscrições num aglomerado de rochas, precisamente nas proximidades de um local onde estava a ser cortada madeira. O autarca de Ancora garante tudo estar a fazer, junto com outras entidades, para preservar este património milenar. António Brás diz que o património da freguesia ficou mais enriquecido e que, agora, há que trabalhar em mecanismos mais eficazes para o proteger. Recorde-se que em Julho de 2013 foi assinado um protocolo de colaboração entre o Município de Viana do Castelo, o Município de Caminha e as Juntas de Freguesia de Afife e de Âncora para a gestão conjunta do sítio arqueológico da Cividade de Âncora/Afife com o objetivo da preservação deste património que se localiza nas freguesias de Afife e Âncora. Com este protocolo, pretendia-se “desenvolver uma estratégia conjunta de ação para a Cividade de Âncora/Afife que conduza à boa conservação e preservação dos vestígios arqueológicos existentes, bem como de outros que se venham a ser descobertos”.