Este sábado, a partir das 21h30, sobe ao palco do Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima, o quinteto de jazz e electrónica denominado OGRE, que traz consigo Maria João na voz, num concerto que se espera de excelência e para o qual a lotação do Teatro Diogo Bernardes se encontra praticamente esgotada. OGRE é a mais recente aventura de Maria João, um híbrido musical que mistura o jazz com a electrónica. Uma banda com instrumentação invulgar e uma abordagem artística singular, que leva o público numa travessia pelo mundo dos sons, saltando fronteiras entre o digital e o analógico. A voz de Maria João indica o caminho. No OGRE, a voz inconfundível da cantora Maria João, junta-se a uma base essencialmente instrumental electrónica e digital – o fender rhodes e sintetizadores de João Farinha, o computador e teclados de André Nascimento, a bateria híbrida (digital e acústica) de Joel Silva e o piano de Júlio Resende – deixando para trás definições específicas de género musical. Fazem música na verdadeira acepção do termo, portanto, sem barreiras estéticas apriorísticas. No passado profissional e académico de todos os elementos está o jazz, no sangue a música lusófona, na alma uma vontade enorme de cruzar fronteiras, misturar influências e estéticas e, no âmago, um amor incondicional à música. Música que não se limita aos elementos lusófonos, que a perfumam, nem ao jazz, que a segura, nem à electrónica, que a guia. Transforma todas estas abordagens em outras realidades, outras experiências, no fio da navalha, combinando referências à música popular de diversas origens.Trata-se de música fresca, de um projecto sem paralelo em Portugal que extravasa qualquer rótulo, mas que caberá, segundo a norma, na música de fusão. Drum’n’bass, dub, «electro», «8-bit music» e electroacústica são algumas das vertentes sonoras exploradas, tendo como base não só composições originais como também adaptações muito próprias de conhecidos temas da música pop/rock e do jazz.