Depois de dois meses de espera, a Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Mazarefes e Vila Fria, no concelho de Viana do Castelo, conseguiu finalmente aprovar o orçamento para o presente ano. A 12 de dezembro a proposta tinha sido chumbada mas, esta sexta-feira à noite, foi aprovada com sete votos a favor: dois do Movimento Jovem pela Mudança (MJM), três do PSD e dois do PS, tendo a proposta merecido ainda duas abstenções do PS e uma do PSD.
Em assembleia extraordinária, o presidente da União de Freguesias de Mazarefes e Vila Fria, Manuel Barreto, apresentou “novamente” o plano. “Depois de algumas diligências e reuniões, voltamos a pôr o Plano a votação”, começou por dizer o autarca, defendendo que “é um plano de actividades que representa uma mais-valia, que vai ao encontro de Mazarefes e de Vila Fria. As pessoas têm de pensar que sem orçamento não é possível haver obra”. “O Orçamento está igual ao que estava, salvo pequenas alterações”, referiu o socialista, considerando que “para o bem de todos, deve ser aprovado”.
Avelino Gomes, porta-voz do Movimento Jovem pela Mudança, também defendeu a aprovação do documento. “O MJM sempre falou com todas as forças políticas, sempre se deu ao diálogo, de forma ordeira”, disse, referindo depois que “não estamos na política para mexericos, guerras pessoais ou para engrandecermos a nível pessoal, e a responsabilidade de não termos orçamento é demasiado grande”.
“O presidente reuniu por várias vezes com as outras forças políticas e com a Câmara Municipal de Viana do Castelo, num esforço pessoal”, declarou o líder do MJM, assumindo que foi solicitado um compromisso “por escrito” de que algumas obras “consideradas muito necessárias” se vão realizar em Mazarefes e Vila Fria. Depois de conquistarem esse compromisso, para o biénio 2016/2017, num “gesto de bondade” da Câmara, Avelino Gomes assumiu votar a favor da proposta.
Francisco Barros, do PSD, e presidente da Assembleia de Freguesia, foi o terceiro a apelar à aprovação da proposta, referindo que “a Junta de Freguesia não pode trabalhar sem orçamento”. “Para algumas pessoas, talvez fosse bom que o orçamento não passasse e que o executivo, ou alguns elementos do executivo, pedissem demissão, mas isso não é viável. As pessoas foram eleitas, não devem ser levadas a demitir-se”, fez questão de dizer.
“Neste mandato, tenho de dizê-lo, a oposição tem sido ouvida. Depois do chumbo do orçamento apresentado em dezembro, a Junta convidou todos a apresentarem propostas, mas ninguém apresentou qualquer proposta. O plano é ambicioso. Se for concretizado, a União de Freguesias vai ser beneficiada porque vão realizar-se obras importantes”, realçou ainda Francisco Barros.
Depois da aprovação do documento, o autarca Manuel Viana referiu congratular-se com esta votação. “Podia ter sido logo na altura, porque compromissos são compromissos, mas o documento assinado com a autarquia é um trunfo”, considerou o socialista.