Durante todo o mês de abril, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Viana do Castelo vai espalhar laços azuis pelo concelho, assinalando o Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância e Juventude. Com o mote “Vamos cobrir o concelho de azul”, as dez CPCJ’s do distrito de Viana do Castelo associaram-se à Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR), na organização de atividades a realizar neste mês de abril. A iniciativa pretende aumentar os níveis de consciência crítica da comunidade local para a importância da prevenção dos maus-tratos na infância, bem como criar condições para um fortalecimento das responsabilidades parentais.
A ambição da CPCJ vianense é mesmo cobrir todo o concelho com laços azuis. Para que tal aconteça, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens desafiou instituições, serviços públicos e privados, lojas do comércio local, o Shopping Estação Viana, entre outros entidades, a aderir à “Campanha Laço Azul”, utilizando um alfinete com um laço ao peito como forma de assinalar o mês da prevenção dos maus-tratos na infância e juventude. Além disso, estarão afixados pelo concelho cartazes alusivos ao Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância e à história do laço azul que dá corpo à campanha, assim como um laço azul gigante situado na Praça da República da cidade.
Em colaboração com a Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, durante o mês de abril, serão abordados temas alusivos a esta temática, na atividade “Sábado com Histórias”. A par desta atividade estarão também expostos e disponíveis livros, cartazes e panfletos sobre o tema. No dia 02 de abril, pelas 10h30, acontece ainda uma caminhada solidária que terá início na Praça da Liberdade e percorrerá as ruas da cidade, relembrando que a proteção das crianças é uma causa de todos.
A Campanha do Laço Azul (Blue Ribbon) iniciou-se em 1989, na Virgínia, E.U.A. quando uma avó, Bonnie Finney, amarrou uma fita azul à antena do seu carro “para fazer com que as pessoas se questionassem”. Bonnie Finney contou aos elementos da comunidade que se revelaram “curiosos” sobre os maus-tratos a que sua neta estava sujeita e que já lhe tinham morto outro neto de forma brutal. Escolheu o tom azul porque apesar de o azul ser uma cor bonita, Bonnie Finney não queria esquecer os corpos batidos e cheios de nódoas negras dos seus dois netos. O azul, que simboliza a cor das lesões, servir-lhe-ia como um lembrete constante para a sua luta na proteção das crianças contra os maus-tratos.