É já esta semana que a vila de Barroselas, no concelho de Viana do Castelo, volta a ser invadida por milhares de metaleiros e amantes da música extrema. A 19ª edição do SWR Barroselas Metalfest, acontece de 22 a 24 de abril, com a quinta-feira a ser o dia zero do evento. Num cartaz focado no lado mais extremo do Heavy Metal , entre os 47 nomes que ocupam os três palcos do festival, destacam-se Marduk, Doom, Grave, Violator ou Taake, mas “há de tudo um pouco”, garante Ricardo Veiga, o mais velho dos dois irmãos que organizam o evento. “Para quem não ouve metal pode soar tudo ao mesmo, mas quem percebe nota bem o cuidado que temos em ter uma certa variedade dentro do género. Se fosse sempre a bater na mesma tecla o público aborrecia-se”, garante o responsável. O festival de culto para amantes do metal e seus subgéneros promete voltar a vestir de preto a vila de Barroselas ao longo de quatro dias.
Os Aborted estavam confirmados como cabeças-de-cartaz, mas cancelaram a atuação a apenas três semanas do festival. Ricardo Veiga assume que “nem sequer nós percebemos muito bem o que aconteceu”, admitindo que “foi tudo muito rápido”. “Estavam confirmados e de repente deixaram de estar, tínhamos contrato assinado desde junho do ano passado”, revela, rejeitando desvendar a surpresa que vai substituir a banda cancelada.
O SWR Barroselas Metalfest começa às 22 horas desta quinta-feira, numa noite de entrada livre, e a festa promete prolongar-se até à madrugada de domingo. Para além dos concertos estão agendadas também atividades variadas, como jogos de futebol, karaoke de metal, DJ sets, jogos e provas de bagaço. Os bilhetes para os três dias custam 75 euros e as entradas diárias 35 euros.
Tiago Veiga, o outro irmão da organização, revela que no Metalfest já aconteceu de tudo um pouco, desde cancelamentos que despoletaram atos de vandalismo no cemitério até à existência de uma infraestrutura tão permeável que chovia mais no coberto que fora deste, sem esquecer as edições em que o certame se realizou dentro de uma tenda de circo. Agora, a organização assume uma maior maturidade e admite que “chegamos a um ponto em que a infraestrutura está confortável e bem afinada e o público mudou bastante desde os primórdios”. Tiago Veiga recorda, por exemplo, que na segunda edição apenas tinha quatro tendas de campismo. Realidade bem diferente existe na atualidade, com o mato que rodeia o festival a ser pincelado com as cores garridas das tendas.