Luís Ceia, presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC), acaba de enviar uma missiva ao primeiro-ministro português a solicitar que a autoestrada A28, que liga Porto a Viana, faça parte da lista de ex-Scut que vão beneficiar da redução do atual valor das portagens. No documento, o presidente da empresarial vianense começou por congratular o Governo pela intenção de “discriminar positivamente as portagens nas autoestradas das zonas de interior e na A22″, por trazer benefícios económicos importantes para o desenvolvimento daquelas regiões e do país, para logo solicitar a António Costa a inclusão da A28 nessa lista. Luís Ceia afirma que “não podemos deixar de entender e apontar a necessidade de intervenção no mesmo sentido na A28”, por considerar que a autoestrada “preenche claramente os mesmos requisitos que levaram a tão meritória decisão”.
A Associação Empresarial destaca a “falta de alternativa de mobilidade e segurança da Estrada Nacional (EN) 13 e a inexistência de um sistema ferroviário capaz”. O responsável destaca ainda a injustiça do valor das portagens tendo em conta “os índices económicos do Alto Minho, comparáveis aos do interior do país e inferiores aos da média nacional, com o entrave que constituem as portagens no desenvolvimento da região e nas relações transfronteiriças”.
Para além da redução do valor das portagens, Luís Ceia quer a eliminação do pórtico de Neiva, por se encontrar “precisamente à entrada de uma zona industrial” do concelho. Para o responsável, este pórtico “constitui uma incongruência altamente discriminatória e penalizadora para aqueles que numa relação de proximidade querem trabalhar, produzir e viajar”, acrescentando que “tal pórtico constitui um entrave aos movimentos pendulares, intra e inter concelhios sem que nada justifique a sua implantação no local”.
“Certos da sensibilidade de vossa excelência quanto ao assunto exposto e motivos apresentados, estamos convictos de que não deixará de mandar tomar a decisão de retirar o pórtico 4 da A28, entre Neiva e Darque”, termina Luís Ceia, dirigindo-se ao primeiro-ministro, assegurando que esta eliminação seria uma “medida reduzida mas eficaz, um incentivo à circulação de pessoas e bens provocada pela maior facilidade de acesso e diminuição dos custos associados”.