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08 Jun 2016

Novo Mercado Municipal de Viana quer revitalizar comércio do centro histórico

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Com o principal objetivo de revitalizar o centro histórico da cidade de Viana do Castelo, foi apresentado e discutido publicamente, esta quarta-feira, o programa base […]

Imagem: Sónia Silva Sa
Com o principal objetivo de revitalizar o centro histórico da cidade de Viana do Castelo, foi apresentado e discutido publicamente, esta quarta-feira, o programa base do novo Mercado Municipal da cidade. José Maria Costa, presidente da Câmara de Viana, garantiu que ” a ausência do mercado no centro histórico levou ao definhamento do tecido económico”, explicando que o novo equipamento quer “reativar e valorizar o nosso centro”. O socialista considerou que o mercado novo será “uma peça muito importante para valorizarmos as funções tradicionais do mercado, mas também para aquelas que são as novas áreas, os produtos regionais, o artesanato e os produtos do mar”.
O novo mercado, segundo o programa base apresentado na Biblioteca Municipal, tem por base uma oferta comercial com produtos regionais, como frutas, legumes, carne, charcutaria, enriquecido pelos sectores do mel, queijos, frutos secos, especiarias, cereais, sementes, mas também produtos gourmet, biológicos, gastronomia variada e vinhos. Como nova oferta âncora, o mercado terá as iguarias do mar, com pescados e mariscos. O equipamento terá ainda espaço para flores, artesanato tradicional e contemporâneo, e deverá servir de local de apoio a eventos relacionados com as atividades do mercado municipal.
O novo mercado vai ser construído junto ao jardim marginal da cidade, onde atualmente existe o Edifício Jardim, que terá de ser demolido para acolher o novo equipamento. A construção está prevista para aquela área desde 2002, altura em que foi aprovado o Plano de Pormenor do Centro Histórico. O autarca recordou que a instalação do mercado neste lugar está prevista no âmbito do Programa Polis há já vários anos e indicou acreditar que a obra pode estar para breve. “Temos as providências cautelares já todas resolvidas, estamos praticamente na fase final para se poder fazer a demolição do edifício”, afirmou o socialista. “Estamos a aguardar apenas, há já cerca de um ano, uma decisão do Tribunal Constitucional. Mal tenhamos essa decisão, penso que estaremos em condições de avançar com o processo que vai levar à demolição do Edifício Jardim”, garantiu.
Com uma área total de lote de 2.227 metros quadrados, o futuro equipamento terá uma área total de 1.845 metros quadrados, a que irá acrescer um parque de estacionamento com 2.970 metros quadrados. Ali deverá ser instalado, de acordo com o programa base agora discutido e apresentado, “um novo e funcional edifício que pretende ser um local de compra, mas também um local social, assente em três eixos: a modernização das instalações e da oferta comercial, a integração com a envolvente comercial e a gestão comercial”, que deverá representar um investimento na ordem dos 3 milhões de euros.
Questionado pelos jornalistas sobre eventuais prazos para o início da obra de construção do novo Mercado Municipal, o edil garantiu que “não faz parte das funções do presidente da Câmara ter uma bola de cristal e esses exercícios de adivinhação eu não sei fazer”. Apesar disso, assumiu que a sociedade VianaPolis “tem ganho todas as decisões dos tribunais, nas diversas instâncias, e já teve três ações principais ganhas no Supremo Tribunal Administrativo”, acrescentando que “foram já canceladas todas as providências cautelares”. Por isso, disse estar a aguardar apenas a decisão do Tribunal Constitucional, dizendo que “tudo leva a crer que será favorável”. A autarquia quer ter tudo pronto para quando surgir essa decisão, já que “a necessidade do mercado no centro histórico é fundamental”.
“Pedimos a colaboração de uma empresa para nos ajudar a fazer um diagnóstico, a ver as novas tendências, novas perspetivas no que toca aos mercados, e acima de tudo para percebermos, ao nível de Viana do Castelo, quais eram as áreas temáticas, quais os produtos e as novas valências a que o mercado devia responder, até para corresponder à modernidade”, realçou o responsável. “A partir deste programa base podemos encomendar o projeto de arquitetura que vá de encontro ao potencial que queremos que o mercado tenha, para ser fator de atratividade do centro histórico e para revitalizar o nosso tecido empresarial”, indicou ainda.
Tendo em conta as novas exigências, o projeto que estava previsto em 2003/2004 não pode ser utilizado, segundo José Maria Costa, porque “tinha uma definição diferente, com muitas áreas comerciais e de serviços que, hoje, face à evolução de doze anos e à evolução da cidade, já não são necessidades”. “Existem agora outros valores emergentes que têm de ser contemplados, pelo que vamos refazer o projeto do mercado, com a equipa do arquiteto Alves Costa, com um novo programa, embora cumprindo as regras do Plano de Pormenor, como não podia deixar de ser”.
O programa base foi preparado ao longo de 60 dias, como explicou a engenheira Teresa Rocha, indicando que começaram por “fazer uma análise daquilo que o mercado pode trazer em termos de atratividade social e económica”. Fizeram inquéritos no mercado, a operadores e clientes, utilizando também estudos atuais da Câmara de Viana em termos de levantamento do solo e da evolução da população vianense. Tendo por base toda essa informação, conseguiram fazer “uma proposta daquele que acreditamos que deva ser o cenário em termos de oferta e serviços”. Já Miguel Aresta Branco, arquiteto, assegurou que um mercado “não é um edifício para resolver um problema no interior, mas sim para dar resposta a uma dinâmica comercial da cidade, pelo que é muito mais do que um simples edifício”.

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