Há cerca de quinze dias que os portões de acesso ao adro da igreja de Vila Nova de Anha são fechados à chave durante a noite, o que tem incomodado a população local. Rui Matos, presidente da junta de freguesia de Vila Nova de Anha, confirmou à Geice a situação mas referiu que “a autarquia local nada tem a ver com essa situação”. Indicou ainda não ter recebido qualquer justificação da paróquia para esta decisão e confirmou que tem ouvido queixas por parte da população de Anha.
“Confirmo que está fechado, mas não sei porquê, não faço absolutamente ideia nenhuma. Os portões estão fechados, mas não está fechado o acesso”, realçou o autarca local. “Não é da nossa responsabilidade, isso é da jurisdição da igreja, da paróquia e Comissão Fabriqueira. Não misturamos aquilo que é da responsabilidade da Junta de Freguesia e do poder autárquico com as responsabilidades do poder eclesiástico. Eles tomam as decisões deles. Não nos comunicaram nada, não sabemos de nada, só sabemos o que as pessoas comentam”, afirmou ainda Rui Matos.
“As pessoas têm-se queixado, é verdade”, disse ainda, por isso responde aos populares que a igreja “tem uma gestão própria e é a eles que têm de pedir satisfações, não a nós”.
Flora Maciel denunciou a situação, indicando que “desde há 15 dias para cá que os paroquianos de Vila Nova de Anha constataram, sem aviso prévio, que o adro da igreja se encontra fechado à chave ao fim do dia”. Explica que o adro da igreja “desde sempre” que tem umas “portinhas em ferro” que “nem fechaduras tinham”, mas que agora “estas têm fechaduras e, a partir das 20h30, são fechadas à chave”.
Para a cidadã, esta decisão “não faz sentido”, até porque “os muros do adro da Igreja são baixos” e “qualquer pessoa pode saltar para dentro”. Flora Maciel realça que “tais atos têm repercussões graves e não enaltecem em nada o bom nome da comunidade paroquial de Vila Nova de Anha, trazendo divisões, afastamento das pessoas do templo e instigando intrigas e mal-estar geral”.
A Geice tentou falar com o pároco da freguesia, mas tal não foi possível, até ao momento.