Em comunicado, o PSD distrital acusa a autarquia socialista de Melgaço de não ter estado ao lado das instituições melgacenses nem de defender os interesses do concelho. “Na Assembleia Municipal de 22 de junho, o Presidente da Câmara informou, impávido e sereno, que a exploração da Unidade de Cuidados Continuados de Melgaço havia sido entregue a uma instituição de Barcelos, lavando daí as suas mãos. Chegou ao ponto de argumentar que não tinha sido uma instituição de Melgaço a construir a unidade”, lê-se no comunicado emitido pela concelhia do PSD.
Recorde-se que o atual governo prepara-se para alargar a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, abrindo as unidades construídas, mas que ainda não estão a funcionar. Está nessa situação a unidade de Melgaço, pelo que se prevê para breve a sua abertura. Nessa sequência, instituições melgacenses, nomeadamente a Santa Casa da Misericórdia e a Associação Social e Cultural Dona Paterna, pediram reuniões com o Presidente da Câmara de Melgaço, onde mostraram a sua disponibilidade para assegurar a gestão da Unidade de Cuidados Continuados de Melgaço. Agora, Carlos Morais Vieira, presidente do PSD distrital, afirma que “foi pedido ao Presidente da Câmara que intercedesse junto da tutela, exercendo a pressão política necessária no sentido de assegurar que seria dada prioridade às Instituições locais, na procura da entidade que se encarregaria da gestão daquela Unidade”.
“Todos nos congratulamos com esta decisão do governo que abrange Melgaço. Mas também é inegável a importância, a urgência, a prioridade máxima que temos que dar à criação de emprego e de dinâmicas económicas no nosso concelho. E obviamente que tal só será assegurado e maximizado se for uma instituição de Melgaço a assumir a gestão da unidade”, diz ainda o comunicado do PSD.
Morais Vieira acusa ainda: “As instituições de Melgaço contavam com total empenho do Presidente da Câmara nesta questão. Era sua obrigação enquanto defensor dos interesses do nosso concelho, mas estamos perante mais uma oportunidade perdida para Melgaço. É claro que alguns dos postos de trabalho a criar destinar-se-ão a melgacenses. Mas o grosso, o cargo de direção, a mais-valia gerada, sairá de Melgaço rumo à sede dessa Instituição que nada tem nem nunca teve a ver com Melgaço, que nada investiu nem vai investir em Melgaço”.
“Melgaço tem pessoas e Instituições capazes, idóneas. Recusamo-nos a aceitar esta ideia que tem que vir alguém de fora gerir os nossos interesses, os nossos destinos e retirar de Melgaço a mais-valia. Essa mais-valia devia ficar em Melgaço, fortalecendo as Instituições Melgacenses, gerando investimento, dinamizando a economia, O Presidente da Câmara não consegue perceber a importância desta questão, ou não tem peso político para defender os interesses de Melgaço. Ou ambos. Uma coisa é certa, o Presidente da Câmara não esteve ao lado das instituições de Melgaço, não defendeu Melgaço e os melgacenses”, refere ainda a concelhia do PSD.