Três municípios acabam de ver aprovada uma candidatura para valorização do património natural da Serra d’Arga “Da Serra d’Arga à Foz do Âncora”, orçada em cerca de 348 mil euros. Trata-se de uma operação conjunta dos Municípios de Caminha, Viana do Castelo e Ponte de Lima e visa fundamentar a sua proposta de classificação deste território como Área de Paisagem Protegida de âmbito regional, reforçando o seu carater único enquanto ativo territorial e produto turístico emergente. Este investimento é comparticipado em 85% pelo FEDER. Esta operação surge pela constatação e reconhecimento de que a paisagem da Serra d’Arga, pela sua qualidade e diversidade, constitui um recurso comum e um ativo territorial cuja proteção e valorização, para além de ser um elemento-chave do bem-estar individual e social dos seus habitantes, constitui um elemento fundamental para a estratégia de afirmação da Região Norte enquanto destino turístico de excelência. Para que esta candidatura fosse viável os municípios de Caminha, Ponte de Lima e Viana do Castelo celebraram um protocolo de parceria em maio último. O Município de Caminha é a entidade beneficiária líder do projeto orçado em 348.735,75€, encontrando-se distribuído da seguinte forma: ao Município de Caminha corresponde a quantia de 137. 760€; ao Município de Ponte de Lima 100.864,92€ e ao Município de Viana do Castelo 110.110,83€. Esta candidatura apresenta como objetivos: atualizar os conhecimentos sobre o território nas suas diferentes variáveis (paisagem, flora, fauna, geologia, património cultural e imaterial, serviços dos ecossistemas, dinâmica turística e socio economia) no conjunto do território gerido localmente pelos três Municípios; promover turisticamente (turismo de natureza) o território e divulgar os seus valores naturais, culturais e paisagísticos; promover a interpretação dos trilhos existentes no território, divulgando os valores florísticos, faunísticos, geológicos, paisagísticos e imateriais; utilizar as tecnologias de informação para aumentar a visibilidade do território e da Região Norte e do seu património natural junto dos visitantes e nos mercados nacionais e internacionais; desenvolver um Plano de Comunicação, que inclui a organização de iniciativas de comunicação, informação e sensibilização associadas à proteção e conservação do património natural da Serra d’Arga e programas e ações estratégicos de desenvolvimento do turismo de natureza; Associar o território a uma marca, que permitirá a definição dos objetivos a atingir pelo plano de comunicação, a segmentação dos públicos-alvo e, por fim, determinar as ações e instrumentos de comunicação a utilizar na abordagem, numa lógica de promoção e posicionamento no mercado; fundamentar a posterior criação da Paisagem Protegida de Âmbito Regional, abrangendo a área em estudo, como forma de qualificação e desenvolvimento da oferta integrada de serviços e promoção da área e de assegurar a proteção e a reposição dos serviços dos ecossistemas, após a conclusão da operação; e ainda reforçar a cooperação institucional entre a administração local, regional e central na gestão conjunta do território.