Depois de aprovado por maior o Orçamento para 2017 da Câmara Municipal de Caminha, o PSD acusa o executivo liderado pelo socialista Miguel Alves de “manter a tónica de apoiar fortemente a cultura em detrimento do apoio às famílias, educação e ação social”.
Os vereadores do PSD insurgiram-se contra o Orçamento para 2017 por terem concluído “que não passa de um manifesto eleitoral do Partido Socialista, sem acrescentar nada de novo ao que foi feito em anos anteriores”. O PSD relembrou os resultados de exploração do exercício de 2014 e 2015, integralmente da responsabilidade de gestão do atual executivo, que apresentaram prejuízos de 1,8 milhões e 1,4 milhões respetivamente.
Dizem os social-democratas que o documento se baseia num relatório que se resume a: “70 % a falar ‘mal’ do anterior executivo; 29% a fazer campanha eleitoral, não fosse este um orçamento feito por um candidato a presidente de Câmara; 1% a tratar das questões sérias do orçamento e Grandes Opções do Plano”.
“Este orçamento aumenta na despesa de aquisição de bens e serviços em cerca de 1 milhão de euros, só por este motivo já é possível perceber que realmente é elaborado por um candidato a presidente”, critica ainda a bancada do PSD, afirmando que a cultura “continua a absorver quase 80% das verbas quando comparando com o apoio às famílias, às freguesias e mais de 70% quando comparado com o apoio dado ao desporto, lazer e educação, e isto, mesmo num ano em que o município teve de ver aumentado o orçamento na Educação em resultado de tentar minimizar e limpar a imagem das políticas erradas do atual Governo, suportadas pelo presidente da Câmara e que levaram ao encerramento da Ancorensis”.