João Verde, pseudónimo de José Rodrigues Vale, poeta maior das letras monçanenses, nasceu a 2 de novembro de 1866, no Largo da Palma, e faleceu a 7 de fevereiro de 1934, na “Casa do Arco”, Rua Conselheiro Adriano Machado, conhecida localmente como Rua Direita. Para assinalar a passagem do 150º aniversário do seu nascimento, o Cine Clube de Monção com o apoio da Câmara Municipal de Monção tem patente ao público, até 7 de fevereiro do próximo ano, uma exposição sobre a vida e obra da figura maior das letras monçanenses. A exposição, que pode ser visitada no Arquivo Municipal de segunda a sexta das 9h00 às 17h00, consta de painéis explicativos, recortes de jornais e publicações de João Verde, trazendo à memória coletiva a criação poética em verso e prosa de um monçanense ilustre, cuja obra está perpetuada de diferentes formas no quotidiano local. Os painéis, ilustrados com fotografias, revelam o percurso de vida de João Verde desde o nascimento até à morte, bem como a sua intervenção cívica, profunda e apaixonada, através da escrita em diversos jornais regionalistas. Demonstram também a paixão pela sua terra com poemas eternos evidenciados em “Musa Minhota”, 1887, “Na Aldeia”, 1890, e “Ares da Raia, 1902. Nesta exposição comemorativa do 150º nascimento de João Verde, que terá continuidade no próximo ano com uma conferência sobre o autor, referência ainda para a apresentação do quadro de Robert Délaunay, datado de 1916, com o nome “Natureza Morta Portuguesa”. Desconhecido até bem pouco tempo, o quadro apresenta-se em reprodução do original. Nele descortina-se o encantamento do artista francês pela zona de fronteira com adereços típicos da região (os lenços garridos, os barros, a viola e a gaita galega), e a admiração por João Verde com a inclusão do poema “Vendo-os assim tão pertinho…”