Foi aprovado, esta quinta-feira, em reunião de executivo da Câmara Municipal de Viana do Castelo, o lançamento do concurso público para a construção de um restaurante panorâmico e de um edifício de apoio à prática desportiva na Praia Norte. A proposta foi aprovada por maioria, com votos favoráveis do PS e da CDU, mas contou com críticas do PSD, que considerou “uma vergonha” o investimento previsto de 1 milhão de euros para o novo restaurante, que terá dois pisos.
José Maria Costa, autarca vianense, explicou que o estudo urbanístico previa os trabalhos da proteção da erosão costeira e também a construção de diversos edifícios. “Tínhamos previsto para esta praia um projeto de requalificação e valorização. Pretendemos que este espaço seja muito atrativo, pelo que o estudo desenvolvido inicialmente previa um conjunto de equipamentos, com dois apoios de bar, um restaurante, uma biblioteca de praia e um equipamento de apoio ao desporto”, assegurou o socialista.
“O que foi hoje aprovado foi o lançamento do concurso para a construção do novo restaurante, panorâmico, com rés-do-chão e primeiro andar, tirando partido da nova envolvência e atratividade, e um equipamento de apoio à prática desportiva, para que se possa ter lá equipamento como bicicletas e carrinhos, para apoio à zona de fruição”, disse ainda José Maria Costa, explicando que o restaurante e o apoio ao desporto vão custar 1,2 milhões de euros.
Para a Praia Norte está ainda previsto um equipamento de talassoterapia ou de fisioterapia associada aos banhos quentes, “que eram uma tradição na Praia Norte”, um outro equipamento de apoio à praia.
Já Eduardo Teixeira, porta-voz dos vereadores do PSD, diz ser “uma vergonha” e “um escândalo” o elevado investimento num restaurante. “A Praia Norte é, há muito tempo, para o Partido Socialista, um desnorte financeiro, de entendimento, político, de ordenamento”, acusou o social-democrata, dizendo que “neste momento, roça o cúmulo”.
O vereador critica o facto de “um município que não tem dinheiro para mandar cantar um cego” ir demolir equipamentos, incluindo um restaurante “quase novo”, para voltar a construir.