Foi aprovada a admissão de Ponte da Barca à rede das cidades Magalhãnicas. A referida rede é composta por várias cidades e vilas mundiais que reclamam para si um conjunto de evidências e factos históricos que as integraram, no passado, no grande projeto de Circum-Navegação de Fernão de Magalhães e revela uma enorme dinâmica de missão em elevar a vida e a obra deste navegador a categoria Mundial. Para o presidente da Câmara, Vassalo Abreu, esta aprovação representa ‘mais uma conquista, fruto do empenho e resiliência em defender os interesses da nossa Terra e defender Fernão de Magalhães como Barquense. É hoje inquestionável que Fernão de Magalhães nasceu em Ponte da Barca e que daqui saiu para o mundo. Ainda recentemente, o Professor Amândio Barros publicou uma segunda edição da obra O Homem que Navegou o Mundo, em busca das origens de Magalhães, em que afasta todas as outras possibilidades. Refere o autor que “a universalidade em Magalhães conta muito e isso está fora de dúvida. Mas também conta muito o sentimento de pertença e de identificação de uma comunidade com os seus antepassados e a questão da naturalidade de Fernão de Magalhães deve constituir o exemplo da forma como a investigação histórica rigorosa permitiu colocar esta figura no seu devido lugar, entre os naturais de Ponte da Barca, das Terras da Ribeira Lima, de Entre Douro e Minho, obra que se deve a investigadores como Queirós Veloso, António Baião ou Avelino Jesus Costa”. Fernão de Magalhães nasceu na freguesia de Paço Vedro de Magalhães, ou seja, em Paço Velho de Magalhães e no seu testamento, que se encontra em Sevilha, lê-se que “é oriundo do lugar de la Puente de La Barca, de las Terras de Nóbrega”, designação anterior do concelho de Ponte da Barca. Recorde-se que a Câmara Municipal tem feito esforços no sentido de levar a cabo iniciativas de valorização da importância deste filho de Ponte da Barca. Depois do nome de uma rua e de uma praça na vila barquense, do apoio à publicação de trabalhos científicos sobre ele e o seu tempo, e da atribuição do seu nome ao Centro Interpretativo, a autarquia presta-lhe mais um tributo com a inauguração de um monumento na praça com o mesmo nome do navegador, e vê agora aprovada a admissão de Ponte da Barca à rede das cidades Magalhãnicas.