O Jornal Economia do Mar dedica um extenso artigo precisamente a este tema, sublinhando a evolução favorável da Economia do Mar, um dos temas que tem sido uma bandeira da Câmara de Viana. De acordo com o jornal da especialidade “a maioria das atividades relacionadas com a economia do mar em Portugal (83%) evoluíram favoravelmente entre 2014 e 2015, de acordo com a mais recente análise «LEME – Barómetro PwC da Economia do Mar», que será divulgada publicamente amanhã. A evolução foi tal que Miguel Marques, um dos responsáveis pela análise, admite que a economia do mar possa atingir um ritmo de crescimento superior ao da economia nacional. De acordo com a análise, que a PwC realiza pela sétima vez, os indicadores que mais cresceram neste período foram o registo de navios, a actividade de cruzeiros, a carga em portos e as exportações da fileira alimentar do mar”. Acrescenta que dos 42 indicadores avaliados a partir de 13 sub-sectores, apenas seis evoluíram negativamente (produção nacional de aquacultura, número de embarcações pesqueiras nacionais que descarregam peixe em Portugal, número de processos de emissão de cartas ou equiparadas na náutica de recreio, pessoal militar ao serviço da Marinha, valor dos capitais seguros no ramo não vida em marítimo e transportes e ainda valor dos empréstimos de entidades financeiras monetárias a sociedades não financeiras na pesca, aquacultura e transportes por água). No caso do registo de navios, a análise da PwC identificou um crescimento no número de navios em ambos os registos nacionais (convencional e Registo Internacional de Navios da Madeira – MAR) e na tonelagem de arqueação bruta dos navios de comércio do MAR. Já a tonelagem de porte bruto das embarcações do registo convencional não teve alteração. O documento da PwC também inclui resultados de um inquérito realizado a 50 personalidades relacionadas com a economia do mar em Portugal, de acordo com o qual 85% dos inquiridos consideraram que o nosso país, sendo costeiro, “rentabiliza de forma insuficiente todos os recursos que o mar pode dar”. E 97% consideraram que, no nosso país, “a economia do mar tem potencial para melhorar a balança comercial portuguesa”. A análise explora ainda, de forma sucinta, a situação de alguns dos sub-sectores analisados, como a construção e reparação naval, os transportes marítimos, portos, logística e expedição, a pesca, aquacultura e indústria do pescado, a acção do Estado no mar, o entretenimento, desporto, turismo e cultura, os seguros e o financiamento marítimos e a formação, conhecimento e emprego no mar. Na construção e reparação naval, a PwC destaca a crise vivida nos países desenvolvidos e a vantagem competitiva de Portugal devido à sua localização, condições climatéricas e mão-de-obra especializada. Países com mão-de-obra barata ou com tecnologia mais evoluída, no entanto, constituem forte concorrência. No sub-sector do entretenimento, desporto, turismo e cultura, entre 2014 e 2015, a PwC registou o aumento do movimento de passageiros de cruzeiros e do número de escalas, bem como do número de hóspedes de hotelaria costeira.