O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, considerou, em Viana do Castelo, numa visita que aconteceu no sábado, que a região do Alto Minho necessita de uma maior taxa de execução do programa Portugal 2020. Deu como exemplo as obras dos acessos ao porto de mar de Viana do Castelo: “Era suposto a obra já estar em andamento. Nós, na altura em que estivemos no Governo, referenciamos a intervenção dentro dos projetos prioritários a ser cobertos, também, pelo Portugal 2020”. Relembrou que “não o conseguimos executar porque uma parte do trabalho tinha de ser feito em equipa com a própria Câmara de Viana do Castelo. Desde logo, porque as expropriações que eram necessárias realizar para que a obra tivesse lugar não estavam feitas. A Câmara não fez. Mas agora já fez e não há obra. E mesmo depois do Governo ter feito como costuma fazer com grande aparato, uma visita a Viana para dizer que isto agora vai ser feito e nós vamos fazer a obra, quando se vai ver o Orçamento de Estado o que lá está inscrito para fazer a obra são 10 mil euros”, afirmou o responsável.
“Só pode ser uma brincadeira”, considerou Passos Coelho. “Podem dizer que o dinheiro aparecerá e que a obra vai ser feita na mesma. Por mim excelente, mas já devia estar feito. Não havia razão nenhuma para se ter perdido este tempo todo. É disto que estou a falar. Quando nós temos problemas para resolver temos de aproveitar a oportunidade que temos. E as oportunidades do Portugal 2020 são muito relevantes para um país que não tem muito dinheiro”, afirmou.
O dirigente considera que o programa Portugal 2020 precisa de maior taxa de execução, defendendo que “em primeiro lugar é preciso aproveitar bem as oportunidades, que é uma coisa que não aproveitamos no último ano”. “É incompreensível que o nível de execução do Portugal 2020 seja tão baixo, ainda para mais quando a maioria que hoje apoia o Governo foi extremamente crítica com o nível de execução que o Governo anterior deixou do Portugal 2020. E isto em 2015. Nós executamos mais em 2105 que o Governo em 2016. Há aqui alguma coisa que não bate certo. Porque é que se executou tão pouco? Pela simples razão porque o Estado cortou 26% ao investimento público e uma parte do Portugal 2020 era para ser utilizado com investimentos públicos que o Estado não fez”, criticou o líder laranja.