A Câmara Municipal de Viana do Castelo lançou esta quinta-feira, em conferência de imprensa, o programa “Valorizar o Património”, que vai investir 300 mil euros na primeira fase de um projeto que vai reabilitar 8 edifícios que correspondem a património cultural religioso e monástico. Nesta primeira fase o programa vai privilegiar alguns edifícios que apresentam algumas condições de risco ou desadequadas, designadamente risco de colapso físico, acesso e circuito condicionados, obras de arte em avançado estado de deterioração, ausência de conteúdos e sinalética. A autarquia vai assim promover obras na Igreja de S. Domingos, Capela de Nossa Senhora da Agonia e Capela das Malheiras, na cidade de Viana, e na Capela de Santa Catarina, em Monserrate, Igreja de S. Pedro de Serreleis, Igreja de S. Tiago de Castelo de Neiva, Cruzeiro de Santa Marta de Portuzelo e Cruzeiro de Nosso Senhor da Saúde, na freguesia de Vila de Punhe.
José Maria Costa, presidente da Câmara de Viana, assegurou que este é um programa abrangente de valorização de Património construído que tem por objetivo qualificar espaços de valor arquitetónico, histórico e artístico relevante para o território; dinamizar o potencial cultural destes espaços enquanto locais privilegiados de fruição cultural; e promover e valorizar os espaços referidos enquanto locais de visitação e atratividade turística. Segundo o responsável, o Património Cultural Religioso e Monástico assume particular relevância no concelho pela antiguidade, pela excecionalidade da arquitetura e da arte integrada, pelo testemunho de outras épocas e de outras mentalidades e porque se configuram como locais de enorme potencial para o conhecimento da ciência e da cultura.
“Viana do Castelo é um concelho que tem uma enorme identidade cultural e tem também, para bem de Viana, um conjunto de equipamentos e de edificações de enorme valor patrimonial. Aquilo que temos verificado é que tem havido por parte de diversos agentes – sejam públicos ou privados – uma enorme preocupação pela conservação e valorização do património coletivo. Atendendo às dificuldades que muitas das instituições têm e também ao interesse que o município tem em conservar este património, lançamos um programa que vai apoiar intervenções de beneficiação de pequenas ações de património, como um cruzeiro, a grandes ações, como uma igreja ou capela”, indicou o autarca, explicando que estas primeiras oito intervenções devem estar concluídas até final do verão, em setembro.
Maria José Guerreiro, vereadora com o pelouro da cultura na Câmara de Viana, indicou que, por exemplo, na Capela das Malheiras as obras vão permitir “a salvaguarda de obra artística” e em São Domingos está já a ser terminada a obra de “recuperação do altar”.
Os diferentes apoios, a ser protocolados com as diferentes instituições, têm ainda previstos ações de fruição cultural de carácter diverso (concertos, visitas guiadas), de modo a abranger diferentes públicos. Segundo a responsável, a autarquia assume a totalidade ou parte das empreitadas e a tutela dos diferentes edifícios vai assumir o compromisso de ter “horários de visita” dos diferentes espaços, que poderão até ser cedidos para eventos, “para que estes espaços se tornem mais visitáveis”.