A Câmara Municipal de Viana do Castelo apresentou esta terça-feira um roteiro com três percursos de azulejos que atravessam meio milénio de história na cidade do Alto Minho. O roteiro criado pela autarquia, em parceria com Francisco Carneiro Fernandes, convida a uma visita aos azulejos vianenses, dando a conhecer a riqueza do centro histórico. Propõe-se ao visitante participar numa viagem de três percursos no espaço urbano de Viana do Castelo, num horizonte temporal de meio milénio. Azulejos ornamental-alegóricos, utilitários e pedagógicos, em revestimentos de fachadas e formando silhares ou “tapetes” em espaços interiores.
No Dia Nacional dos Centros Históricos, a vereadora da cultura, Maria José Guerreiro, disse que Viana “tem feito um grande esforço na requalificação do centro histórico”, tornando a capital do Alto Minho “uma referência”. A responsável considerou o azulejo uma “riqueza extraordinária tão nossa, tão portuguesa”, dizendo que em Viana do Castelo esta arte tem “uma expressão maior”.
Os percursos P1 e P2 concernem ao Centro Histórico de Viana do Castelo, atualmente delimitado pelo caminho-de-ferro e a beira-rio até à foz do Lima, entre Santa Maria Maior e Monserrate. Já o percurso P3 corresponde à área envolvente do Centro Histórico, pelo Poente, Norte e Nascente.
O investigador Francisco Carneiro Fernandes considerou que o azulejo “é o mosaico vivo da cultura portuguesa multisecular”. O especialista disse que o azulejo “casa harmoniosamente com a talha” e também com o “ferro forjado” e com o “estuque decorativo”.
A vereadora da cultura referiu que o roteiro de três percursos em busca dos azulejos vianenses deverá ser “apropriado” pelos operadores turísticos, para que residentes e turistas possam conhecer esta riqueza da cidade.