O Geoparque Litoral de Viana do Castelo reuniu com os agrupamentos de escolas e com as juntas e uniões de freguesia em reuniões onde marcou presença o presidente da Câmara Municipal e que visou consolidar o convite para que estas instituições sejam associadas fundadoras do geoparque litoral de Viana do Castelo. O Geoparque, que abrange a área do concelho, tem por missão contribuir para a proteção, valorização e dinamização do património natural e cultural, com especial ênfase no património geológico, numa perspetiva de aprofundamento e divulgação do conhecimento científico, promovendo o turismo e o desenvolvimento sustentável.
A criação da Associação Geoparque Litoral de Viana do Castelo enquadrar-se-á como uma associação de direito privado sem fins lucrativos, razão pela qual foram convidados para associados fundadores os agrupamentos de escolas e escolas da rede privada e as Juntas e Uniões de Freguesias, instituições que irão compor a assembleia geral da associação geoparque litoral de viana do castelo.
O projeto do Geoparque, recorde-se, tem já classificados cinco monumentos naturais e oito estão em vias de classificação. Já classificados estão o Alcantilado de Montedor (55 hectares), Pedras Ruivas (24 hectares), Canto Marinho (58 hectares), Ribeira de Anha (41 hectares), o estuário do rio Lima (entre as pontes Eiffel e a A28) e as “Ínsuas do Lima” (422 hectares). São cinco os geossítios de “excecionalidade científica dos valores geológicos presentes”, que se distribuem pela faixa litoral do concelho e no estuário do rio Lima, que integram a 1ª fase do Geoparque Litoral de Viana do Castelo.
Em vias de classificação (2ª fase de implementação do geoparque) estão os pavimentos graníticos da Gatenha entre a zona infralitoral e as veigas de Afife com 27 hectares; as Cascatas do Poço Negro na Areosa com 52 hectares; as Cascatas da Ferida Má no rio Âncora entre a Montaria e Amonde com 36 hectares; o Penedo Furado do Monte da Meadela na encosta de Santa Luzia com 13 hectares; as turfeiras das Chãs de Arga com 591 hectares; o Planalto Granítico das Chãs de Santa Luzia com 908 hectares (e considerado de grande valor paisagístico e ecológico); as Cristas quartzíticas do Campo Mineiro de Folgadoiro-Verdes em Amonde com 320 hectares; e as Dunas trepadoras do Faro de Anha com 57 hectares.
Os geossítios e o Geoparque nasceram de uma investigação da Universidade do Minho, liderada por Ricardo Jorge Carvalhido.