A CEVAL – Confederação Empresarial do Alto Minho lançou esta terça-feira um apelo ao “esforço coletivo” na luta contra o pórtico de Neiva da A28, situado à entrada da Zona Industrial de Neiva, a pouco mais de 10 quilómetros de Viana do Castelo , por considerar que o pórtico transforma a capital de distrital numa “cidade amuralhada”. Luís Ceia, presidente da CEVAL, referiu o facto de já mais de 1.150 pessoas terem assinado a petição on-line, indicando que a distribuição em papel do documento começou esta terça-feira junto das Juntas de Freguesia e das dez Câmaras Municipais do Alto Minho. A petição está também disponível, em formato digital, nas páginas na internet de todas as associações empresariais do distrito.
“Esperamos que seja uma adesão franca e forte, porque penso que não haverá nenhum residente no Alto Minho que esteja contra esta ideia”, frisou.
O responsável alertou para o facto de a eventual eliminação do pórtico de Neiva na A28 representar um desconto de 17,8% no valor das portagens que ligam Viana ao Porto. “Desde o início que sempre defendemos que em vez da sua deslocalização – porque isso seria empurrar o problema para os outros – a solução seria eliminá-lo”, defendeu Luís Ceia. O presidente recordou que a Portaria n.196 / 2016, que produziu efeitos a partir do dia 01 de agosto de 2016, introduziu um regime complementar de redução das taxas de portagem a praticar nos lanços e sublanços de cinco autoestradas, ex-Scut, maioritariamente localizadas no interior do país e no Algarve, mas excluiu a A28. “Lamentavelmente e por incoerente omissão, a introdução de descontos nas portagens não incluiu a A28 e não acolheu as justas e legítimas pretensões de empresários, trabalhadores, autarcas e residentes da região, incluindo os vizinhos galegos”, indica a petição.
Luís Ceia destaca o esforço que tem sido feito pelos autarcas e pelos agentes económicos para cativar investimento para o Alto Minho, dizendo que as decisões do Governo “não se podem resumir a uma folha de Excel”. “Neste momento Viana é uma cidade amuralhada pelo lado sul”, criticou.
Os peticionários querem que o Governo reavalie a decisão e apliquem à A28 o regime de redução de portagens, eliminando ainda o pórtico 4 da A28, entre Neiva e Darque, “porque constitui um entrave aos movimentos pendulares, intra e inter concelhios, à competitividade das empresas, à cooperação transfronteiriça e penaliza quem produz e trabalha na maior zona industrial da região”.
PETIÇÃO: https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=AEVC